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Autoridades lamentam morte de dom Paulo Evaristo Arns; veja repercussão

O presidente Michel Temer e outras autoridades brasileiras lamentaram a morte do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, nesta quarta-feira. Veja a repercussão:

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MICHEL TEMER, presidente do Brasil: «Dom Paulo foi um defensor da liberdade e sempre teve como norte a construção de uma sociedade justa e igualitária», afirmou o presidente, em nota. O Brasil perde um defensor da democracia e ganha para sempre mais um personagem que deixa lições para serem lembradas eternamente.»

GERALDO ALCKMIN, governador de São Paulo: «Nesta hora de dor, que o seu exemplo nos faça mais atentos aos seus valores: solidariedade, justiça, paz, ética – e coragem para defendê-los. Essa será uma grande homenagem a dom Paulo. Pois ele também ensinou que nós vivemos, de fato, é naqueles a quem inspiramos.»


JOÃO DORIA, prefeito eleito de São Paulo: «São Paulo e o Brasil perdem um grande ser humano. Dom Paulo nos deu exemplos de tolerância, defesa dos mais humildes, justiça social e amor pelo próximo.»

DOM ODILO SCHERER, arcebispo metropolitano de São Paulo: «Louvemos a Deus pelo testemunho de vida franciscana de Dom Paulo e pelo seu engajamento corajoso na defesa da dignidade humana e dos direitos inalienáveis de cada pessoa. Agradeçamos a Deus por seu exemplo de pastor zeloso do povo de Deus e por sua atenção especial aos pequenos, pobres e aflitos. Dom Paulo, agora, se alegre no céu e obtenha o fruto da sua esperança junto de Deus!»

RUI FALCÃO, presidente do PT: «Sua voz profética de denúncia da ditadura militar, da tortura, da violação permanente aos direitos civis e sociais do povo brasileiro, ecoava em todo o país e na comunidade internacional. Sua presença solidária nunca será esquecida pela geração de sindicalistas, trabalhadores do campo e da cidade, moradores das periferias urbanas e dirigentes de movimentos sociais que se forjou naquele período histórico, e que tanta influência teve na construção de nosso partido.»

 

PAULO CÂMARA, governador de Pernambuco: «Foi um dos religiosos mais importantes do século 20 na América Latina. Sua luta em defesa da democracia, dos direitos humanos e pelos mais pobres inspira a todos nós. Dom Paulo teve a coragem de enfrentar o autoritarismo num momento difícil da história política brasileira, denunciando a tortura e os abusos. Serão eternos o seu exemplo e os seus ensinamentos».

MARIA AMALIA ANDERY, reitora da PUC-SP: «O mundo perde um homem bom. A universidade perde um de seus melhores representantes.»

Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República: «O Brasil perdeu hoje um dos seus maiores símbolos na luta pela Justiça. Nossa América perdeu a voz destemida que enfrentou ditaduras truculentas e o braço amigo que abrigou centenas de refugiados que eram perseguidos nos países vizinhos. O mundo perdeu um vulto gigante na defesa universal dos Direitos Humanos.

Sempre teve lado: o lado dos mais pobres.

Assumindo a autoridade de bispo em 1970, destacou-se na defesa dos direitos de presos comuns na zona norte de São Paulo. Poucos meses depois, tornou-se a voz dos presos políticos sobreviventes das torturas, que sempre reconheceram nele a energia contagiante de quem denuncia a violência e desmascara farsas policiais, sem nunca se recusar a bater na porta de um quartel ou dialogar com quem se dispusesse a isso.

Num momento tão difícil de nossa vida nacional, cabe recolher seu legado de dignidade e coerência como inspiração permanente. Cabe resgatar os ideais de esperança que Dom Paulo sempre apresentou como lema de uma vida inteira.

Que descanse em paz. Que busquemos segui-lo em seu bom combate.»

Padre Júlio Lancellotti, da Arquidiocese de São Paulo: «Faleceu o profeta e pastor D. Paulo Evaristo cardeal Arns.»

Leonardo Boff : «Foi ao encontro do Senhor a quem sempre serviu nos pobres e torturados. Foi meu mestre inesquecível. Disse um poeta latino-americano ‘Morrer é fechar os olhos para ver melhor’. É o que ocorreu com o Card Arns.Agora vê Deus face a face.»

OAB- SP: «A voz serena e bem pausada e a delicadeza no trato com todos a sua volta poderiam sugerir fragilidade, mas, bem ao contrário disso, o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de São Paulo – morto nesta quarta-feira (14/12), aos 95 anos – deixa a marca da fortaleza, em especial, na defesa dos direitos humanos.»

Bispo Dom Orani João Tempesta: «A Páscoa definitiva do Cardeal Paulo Evaristo Arns. Em unidade com a Arquidiocese São Paulo, agradeço a Deus pela sua vida e ministério.»

Mário Sérgio Cortella, filósofo: «Difícil, mas também não triste. Afinal de contas, um, homem que passou a vida cuidando de outras vidas, um homem de 95 anos exuberou a sua história, fez com que a gente entenda até, que nos chateia que ele tenha ido, mas nos alegra pela vida que ele teve, pelo encantamento que produziu, pela autoridade que exerceu e pela esperança que ele carregou. Dom Paulo foi construindo uma eternidade durante décadas. É impossível pensar o Brasil sem ele. A nossa sociedade deve muito a Dom Paulo.»

Diocese de Jundiaí, em São Paulo: «Agradeçamos a Deus por seu exemplo de Pastor zeloso do povo de Deus e por sua atenção especial aos pequenos, pobres e aflitos. Dom Paulo, agora, se alegre no céu e obtenha o fruto de sua esperança junto de Deus!»

Corinthians: «Grande corinthiano. Você estará eternamente dentro dos nossos corações».

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