Brasil

Dyogo Oliveira será efetivado como ministro do Planejamento, diz fonte

Interino desde maio deste ano, Dyogo Oliveira será efetivado como ministro do Planejamento pelo presidente Michel Temer, em uma tentativa de blindar a equipe econômica e passar sinais positivos para o mercado, disse à Reuters nesta sexta-feira uma fonte do Palácio do Planalto.

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“Está havendo muitas críticas, tem gente pressionando pela vaga, o presidente resolveu blindar a equipe econômica. O Dyogo é um bom técnico, o presidente gosta dele e ele resolve”, disse a fonte. Dyogo Oliveira também tem um bom relacionamento com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Mais do que isso, Dyogo “não incomoda” o senador Romero Jucá (PMDB-RR). O atual líder do governo no Congresso foi ministro do Planejamento por 11 dias, até ser derrubado pelas gravações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que aparecia falando em “por um freio” na operação Lava Jato.

Apesar de deixar o cargo, Jucá continua como um ministro informal, participa de todas as reuniões da equipe econômica e tem um ótimo relacionamento com Dyogo Oliveira, a quem indicou para ser secretário-executivo do Planejamento.

Confirmando Dyogo no cargo, Temer também se livra da pressão exercida pelo PSDB, que quer o ministério e inclusive já apresentou ao presidente o nome do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), afirmou a fonte. Os tucanos já têm o Ministério das Relações Exteriores, com José Serra, das Cidades, com Bruno Araújo, e Justiça, com Alexandre de Moraes.

Aceitar Jereissati criaria conflitos com o próprio Jucá, com o PMDB, que perderia mais um ministério, e ainda poria o governo dentro de uma briga interna do PSDB, explicou a fonte, já que o senador é ligado ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e seu grupo quer colocá-lo na presidência do PSDB no lugar do senador Aécio Neves (MG).

Alckmin e Aécio disputam a indicação do partido para ser o candidato tucano em 2018.

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