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Vice-prefeito de SP, Bruno Covas quer aumentar poder de subprefeituras

Vice-prefeito Bruno Covas também cuidará das subprefeituras em SP | Renato S. Cerqueira/Futurapress
Vice-prefeito Bruno Covas também cuidará das subprefeituras em SP | Renato S. Cerqueira/Futurapress

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Quando anunciou semana passada a primeira leva de secretários municipais, o prefeito eleito, João Doria (PSDB), disse que o neto do ex-governador Mario Covas, Bruno Covas (PSDB), terá “enorme responsabilidade” e irá “trabalhar em dobro com único salário”. Além de vice-prefeito, ele será secretário das Prefeituras Regionais (atuais subprefeituras). A pasta não só muda de nome, como de atribuição. Em entrevista ao Metro Jornal, Covas disse que a ideia é dar mais poder e autonomia para as prefeituras regionais, porta de entrada do morador para as demandas do bairro. Entre os requisitos, os novos prefeitos e prefeitas regionais terão de ter formação acadêmica, experiência em gestão (pública ou privada) e vínculo com região.

A vitória de Doria nas prévias rachou o PSDB. A opção por uma chapa pura e a sua escolha para vice foi para apaziguar os ânimos?

A própria realização de prévias já ocorreu pela dificuldade de se encontrar nome de consenso. A campanha demonstrou a capacidade do João de aglutinar o partido. Tanto o presidente Fernando Henrique Cardoso, os senadores José Aníbal e Aloysio Nunes e várias lideranças, inclusive eu mesmo, que não o apoiava no primeiro turno das prévias, depois vieram a se somar. Mas é claro que a chapa pura mostrou a capacidade de se buscar forças que também representavam o PSDB mesmo não tendo o apoiado no primeiro turno das prévias. Mostrou, inclusive, que conseguimos montar uma coligação com mais 12 partidos sem negociar o vice.

Você afirmou, em 2011, que ser vice não devia ser a pretensão de um político e hoje está nessa posição.

Alguns desafios a gente busca. Em outros momentos, o desafio busca você. O Doria me fez o convite para ser vice. Eu não pretendia sair candidato neste ano e topei.

Você chegou a trabalhar com seu avô? Quais lições políticas recebeu dele?

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Não, mas morei com ele de 1995 a 2001, até ele falecer. O exemplo dele me levou a fazer política. Foi a convivência com ele que demonstrou que é possível fazer política com seriedade. Depois da morte dele, pude verificar que as pessoas reconhecem isso. Num país em que rei morto é rei posto e ser político é tudo que há de ruim na sociedade, o carinho que as pessoas têm por ele ainda hoje mostra que vale a pena.

Você assume uma secretaria que muda de nome e de status. Na prática, como isso vai se realizar?

Ainda estamos em conversa com o secretário Julio Semeghini, de Governo, e com o próprio prefeito para verificar tarefas e atribuições que são de outras secretarias hoje e que poderão ser incorporadas no que são hoje as subprefeituras a serem transformadas em prefeituras regionais. A ideia é poder somar esforços e trazer mais atribuições, descentralizando ações desenvolvidas hoje pelas secretarias.

Os prefeitos regionais terão de morar na região?

Não necessariamente. Vamos pegar a região da Sé, por exemplo. Podemos escolher um comerciante que trabalha aqui há 10 anos, 15 anos, que investe na região. Ele praticamente mora, e esse é o vínculo.

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