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Autoridades dos EUA e da Rússia discutem sobre separar rebeldes

Autoridades dos EUA e da Rússia se reuniram nesta quarta-feira em Genebra para tentar chegar a um acordo sobre como separar militantes ligados à Al Qaeda de rebeldes considerados moderados entre os grupos que lutam na cidade sitiada de Aleppo, na Síria.

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Além dos representantes dos dois países, oficiais da Arábia Saudita e do Qatar participaram do encontro. O Irã, aliado da Síria, não foi convidado para o encontro, diz um diplomata ocidental.

A reunião de Genebra foi convocada pelos EUA após a Rússia, o maior aliado da Síria, anunciar que suspenderia os bombardeios aéreos aos rebeldes em Aleppo.

A Rússia se diz favorável à proposta da ONU de permitir a saída dos jihadistas do grupo islâmico rebelde Jabhat Fateh al-Sham da cidade. O Exército russo também afirmou que pode estender o cessar-fogo de oito horas programado para entrar em vigor nesta quinta-feira, mas que não prolongaria a pausa se outras partes no conflito não aderirem ao cessar-fogo.

Em Washington, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse não ter grandes expectativas quanto a um acordo de cessar-fogo com a Rússia, e cobrou “seriedade” de Moscou para pôr fim ao conflito. “Nada é baseado na confiança”, disse o americano.

Fracasso

O último cessar-fogo em Aleppo ruiu em setembro deste ano. Desde então, forças russas e sírias passaram a bombardear com frequência a região leste da cidade, em poder dos rebeldes.

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Os ataques destruíram hospitais e mataram centenas de civis, o que levou alguns países a defender que Rússia e Síria sejam julgadas por crimes de guerra.

A tarefa de separar rebeldes “moderados” é dificultada porque não há acordo sobre o número destes combatentes em Aleppo.  A ONU diz que há aproximadamente 900 militantes do Fateh al-Sham, de um total estimado em 8 mil rebeldes em Aleppo. Segundo autoridades, porém, há no máximo 200 rebeldes moderados.

Nesta quarta-feira, navios de guerra russos deixaram a costa da Noruega rumo à Síria, segundo um diplomata da OTAN. Autoridades avaliam que a movimentação pode ser para um último ataque russo a Aleppo, a ser realizado dentro de duas semanas.

“Não é uma convocação amigável ou de rotina. É a maior frota de superfície empregada desde o fim da Guerra Fria.”, disse o diplomata, que falou em condição de anonimato.

A Rússia diz que o destacamento terá como alvo militantes do Estado Islâmico na Síria. Autoridades, contudo, afirmam que o poder de fogo rumo à Síria servirá para expulsar ou destruir os 8 mil rebeldes em Aleppo e permitir ao presidente russo, Vladimir Putin, começar uma retirada das forças russas em Aleppo. 

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