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Candidato à Prefeitura de BH, Kalil quer investir na indústria tecnológica

Captura de Tela 2016-09-26 às 20.55.07selo-eleicoes-2016 eleicaoCandidato à Prefeitura de Belo Horizonte pela primeira vez, o ex-presidente do Atlético fez duras críticas à gestão atual, prometeu investir na indústria tecnológica para evitar o aumento de impostos e disse que, se ganhar, vai abrir a ‘caixa preta’ da BHTrans e da PBH Ativos.

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Por que o senhor quer ser prefeito de Belo Horizonte?

No começo porque um grupo me chamou. Quando essa caminhada ganhou corpo, eu vi que realmente tenho muito a dar para essa cidade. Eu consegui ver o sofrimento que esse povo está passando, que essa gente está vivendo. Eu, sinceramente, acho que a maioria da classe pensante dessa cidade não tem a menor noção do que está se passando com as classes que têm menos condições. Agora, estou muito entusiasmado, e tenho certeza de que vou poder repetir um bom trabalho de gestão que eu já fiz, e que eu vou fazer o novo, né? Na verdade, o que tem de novo aí, que nunca sentou lá na cadeira e nunca ocupou posto político, sou eu! Então, acho que nós podemos fazer uma grande revolução social, uma revolução cidadã em Belo Horizonte. Acho que podemos incluir o povo em BH que está excluído, para participar da vida e tentar enriquecer essa cidade, cada dia mais pobre.

Caso seja eleito, qual sua solução para melhorar a arrecadação da PBH sem aumentar impostos?

A política de arrecadação e aumento de impostos é ultrapassada e não combina mais com os novos tempos. O que queremos fazer em Belo Horizonte é muito simples. Queremos atrair empresas de tecnologia para dentro da cidade. Não temos que aumentar o valor e o percentual de imposto, temos é que aumentar a quantidade de pagadores de impostos. Essa que é a verdade. É isso que nós precisamos. Nesses últimos anos, o empresariado foi tratado como inimigo do Estado em Belo Horizonte. Nós vamos tratá-los como amigos. Vou te dar um exemplo muito claro. Belo Horizonte tem uma rede de cabeamento ótico que é uma das mais potentes do mundo. Foi feita há anos. Tudo que uma empresa de tecnologia quer é o uso dessa rede, poder usá-la. Belo Horizonte tem um custo zero. É um super TGV puxando um vagãozinho, que só trabalha para a prefeitura. Se fomentarmos essas empresas através dessa rede, que é uma coisa muito importante para a indústria da tecnologia, estamos trazendo muitas empresas, tanto do interior quanto de fora do Estado para cá. Aumento de imposto é a contramão da história e que niguém aguenta mais. É o ‘Antigamente Futebol Clube’, que nós não podemos aceitar. Captura de Tela 2016-09-26 às 20.55.55

Durante sua campanha, a saúde tem sido um dos principais alvos. Como resolver esse problema?

Vamos deixar claro. Quem cuidou da saúde de Belo Horizonte durante oito anos foi o PSDB. E não vamos esquecer disso. Hoje, pelo discurso, parece que eles (do PSDB) são oposição e que não participaram intensamente do governo Marcio Lacerda. Então, o problema de saúde quem poderia responder muito melhor do que eu é o candidato do PSDB (João Leite). Mas vamos lá. O que temos que colocar muito claro é que participação da prefeitura nesses hospitais que recebem os pacientes da Grande BH, é muito pequena. Para se ter ideia, um hospital que recebe muita gente dos municípios periféricos é o Risoleta Neves (em Venda Nova). Uma das cidades que menos recebem repasse do Sistema Único de Saúde (SUS) proporcionalmente é Belo Horizonte. Isso precisa ser revisto. O SUS e o governo do Estado arcam com quase 90% dessa conta. A parcela que a PBH não está passando, praticamente R$ 15 milhões ao ano, é que faz falta. Em uma visita que nós fizemos, tanto à Associação Médica quanto ao Sindicato dos Médicos, vimos que hoje nos postos de saúde não está faltando só o antibiótico, está faltando até aquele “pauzinho de picolé” que olha a garganta dos meninos. O que ouvimos do presidente da Associação Médica de Minas Gerais é que a saúde pública está saindo do caos completo para o genocídio. Quando você escuta isso da boca de um presidente de uma associação médica, é muito grave.

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Em alguns momentos, o senhor chegou a chamar a BHTrans de ‘caixa-preta’. O que seria isso?

É outra pergunta que você teria que fazer para o PSDB, que tomou conta da BHTrans por oito anos. Vou te dar um exemplo muito simples. Nós temos uma tarifa máxima de R$ 3,70 (de ônibus), certo? Daí, eles tiram o trocador do ônibus. Quer dizer, barateia para o empresário e a passagem continua a mesma coisa. Uai, eu nunca vi isso na minha vida! Isso é um escárnio. Isso é cuspir na cara do povo. Eu acho que a BHTrans, que foi comandada por eles e a PBH Ativos, é caso de Ministério Público. Uma auditoria é muito pouco. Para mim, é caso de polícia. Se eleito, não vamos acusar ninguém, pois não tenho como, mas vamos por um tapete vermelho dentro da prefeitura para que o Ministério Publico entre tanto na PBH Ativos quanto na BHTrans. 

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