O Metro Jornal inicia nesta sexta-feira (2), a série de reportagens com as propostas para São Paulo dos candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais. Vamos ouvi-los sobre o que pensam de alguns dos mais complexos problemas da capital e como pretendem resolvê-los. O primeiro tema é a segurança pública.
O direito à segurança é dever do Estado, mas a prefeitura pode auxiliar direta ou indiretamente, seja treinando e equipando a guarda municipal ou fiscalizando serviços e garantindo a limpeza e a iluminação públicas, fatores que influenciam a criminalidade.
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“A prefeitura pode, basicamente, colaborar em dois aspectos: nas questões urbanas, como a garantia do funcionamento do trânsito, a iluminação de áreas perigosas e a limpeza de terrenos baldios, e na área social, identificando as populações mais vulneráveis e dirigindo para elas ações não só de geração de emprego, mas também de educação e cultura. São políticas que não vão resolver o problema da segurança, nem em longo prazo, mas que vão atuar na prevenção” afirmou o cientista político Guaracy Mingardi.
Para o especialista em segurança, a GCM não deve replicar as ações ostensivas da Polícia Militar, mas se ocupar do patrimônio e fazer segurança comunitária. “A guarda é essencial, mas para prevenção e apoio da população.” A capital tem hoje cerca de 6 mil guardas.
Furtos e roubos em alta
Em São Paulo, os crimes contra a vida estão em queda. O número de assassinatos caiu de 530, no primeiro semestre do ano passado, para 434 neste ano – e alcançou o menor índice da série histórica, que teve início em 2001 com 2.722 homicídios dolosos em apenas seis meses.
No entanto, os crimes contra o patrimônio preocupam. Furtos e roubos cresceram no mesmo patamar: 2,3%. Desde o começo do ano, em média, 932 pessoas foram vítimas de ladrões por dia na capital. A ação de gangues no bairro comercial do Brás e a explosão de furtos e roubos na região dos Jardins estão entre os casos que mais chamaram a atenção.
Sem reforço
Outra possível contribuição para a segurança, a Operação Delegada está encolhendo na capital. O convênio com o Estado foi criado em 2009, principalmente, para reforçar o policiamento nas áreas de comércio popular e também auxiliar ações de fiscalização. Neste programa, a prefeitura paga para que policiais trabalhem nas ruas nos dias de folga.
Em 2012 – último ano da gestão passada –, 977 mil policiais cumpriram escalas na operação. Em 2015, este número caiu para 417 mil. A redução da frequência foi de 57%.
Metro Jornal pergunta: «Como a prefeitura pode colaborar para a redução dos índices criminais? O que pretende fazer pela segurança pública?»