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Família é encontrada morta em condomínio de luxo na Barra da Tijuca

Quatro pessoas da mesma família morreram, na manhã desta segunda-feira, em um condomínio na Barra da Tijuca, na zona oeste. Nabor Coutinho Oliveira Júnior, 43 anos, é suspeito de ter jogado seus dois filhos, Arthur e Henrique Khouri, de 7 e 10 anos, pela janela do 18º andar, após ter matado a mulher, Lais Khouri, 48, a facadas dentro do apartamento onde viviam. A principal linha de investigação da polícia é de assassinatos seguido de suicídio. Os corpos da mulher e das crianças serão enterrados em Formiga, no Centro-Oeste de Minas, onde ela nasceu. A data e o horário ainda não foram definidos.

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“Fomos pegos de surpresa. Nunca ouvimos sinais de brigas. Eu chorei muito porque eu vi essas crianças na barriga da mãe”, afirmou o porteiro Wilton Santos, que trabalha há 14 anos no condomínio Pedra de Itaúna, local da tragédia.

Uma vizinha contou que estava em casa quando ouviu gritos por volta de 6h30. Ela afirmou ter a impressão de que as crianças foram jogadas vivas pela janela, já que a rede de proteção do apartamento estava rasgada.  “Me assustei com o barulho”, disse a psicóloga Veronica Capella. Empregada doméstica de um apartamento vizinho, Luciana Salviano viu um dos meninos caindo: “O outro já estava arremessado quando olhei. Os meninos eram muito bacanas, a família também.”

Delegado titular da Divisão de Homicídios (DH), Fábio Cardoso informou que Lais foi encontrada deitada na cama, com cortes no pescoço, feitos provavelmente por Nabor. Em seguida, ele teria usado um martelo para matar os filhos. As crianças e o pai estavam caídos perto da piscina. Vizinhos e alguns moradores já foram ouvidos. “A DH não descarta nenhuma linha de investigação”, disse o delegado.

Segundo a TIM Brasil, onde Nabor trabalhou por mais de 10 anos, ele se desligou da empresa em julho, por vontade própria, para “se dedicar a um novo desafio em sua carreira”. De acordo com o perfil de Nabor no Linkedin, ele estava trabalhando como chefe de desenvolvimento de negócios na Datami. Harjot Saluja, CEO da empresa, diz que lamenta o ocorrido.

Carta revela dificuldade para pagar as despesas

A Polícia Civil encontrou dentro do apartamento das vítimas uma carta que teria sido escrita por Nabor.

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“Sinto um desgosto profundo por ter falhado, por deixar todos na mão, mas melhor acabar com tudo logo e evitar o sofrimento. Não vamos ter mais nada e não vou ter como sustentar a família”, teria escrito.

Em outro trecho, Nabor demonstraria preocupação por ainda não ter conseguido contratar o novo plano de saúde. “Com o histórico médico de Lais e de Arthur, será que aprovam? Será que não vai ficar supercaro?”.

O delegado afirmou que a carta foi apreendida e que uma perícia será feita para mostrar se ela foi realmente escrita por Nabor. Ele recolheu imagens das câmeras de segurança e convocou parentes de Nabor, que moram em Belo Horizonte, para prestar depoimento. 

Carta apreendida passará por perícia | reprodução/ band

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