O ex-ministro Paulo Bernardo e mais 21 pessoas foram indiciadas pela PF (Polícia Federal) dentro da Operação Custo Brasil, que apura desvio de dinheiro em operações de crédito consignado.
Bernardo, que foi ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no governo Dilma, foi indiciado sob acusação de integrar organização criminosa e por corrupção passiva. Ele chegou a ser preso quando a operação foi deflagrada.
Os demais envolvidos foram acusados pela PF de corrupção ativa (8 indiciados), tráfico de influência (5 indiciados) e lavagem de dinheiro (13 indiciados).
O relatório será remetido ao Ministério Público Federal, que poderá agora apresentar denúncia à Justiça Federal, reenviar o inquérito policial para a PF para a realização de novas diligências ou requerer o arquivamento da investigação à Justiça.
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Custo Brasil
A operação é um desdobramento da Lava Jato, e apura esquema que desviava recursos de empréstimos consignados de funcionários públicos federais.
A empresa Consist debitava as prestações dos contratos na folha de pagamento e as repassava aos bancos que haviam concedido o crédito. Recebia R$ 1,25 por prestação – mas o custo do serviço era de R$ 0,45 por prestação.
O valor restante teria sido repassado como propina: segundo as investigações, um total de R$ 100 milhões entre 2010 e 2015.
Defesa nega
Em nota, a defesa de Paulo Bernardo reiterou que ele “não participou ou teve qualquer ingerência” no acordo que permitiu à Consist prestar o serviço e que não recebeu “qualquer quantia da Consist, direta ou indiretamente”.