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‘O prefeito só prioriza a multa’, diz o pré-candidato em SP Major Olimpio

O deputado federal Major Olimpio (SD) esteve na última sexta-feira no Grupo Bandeirantes de Comunicação para a série de entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo. Olimpio criticou a gestão de Fernando Haddad (PT) em relação à política com a GCM, ciclovias e corredores de ônibus. Confira:

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Controle da GCM

Olimpio criticou o prefeito Fernando Haddad por proibir a GCM de realizar perseguições a veículos que estiverem em atitude suspeita. A medida foi publicada no Diário Oficial após a morte de um menino de 11 anos por um agente da GCM. Para o político, “a portaria é equivocada” e passa a mensagem de que os guardas “não podem fazer a segurança adequada”. “Qual é o recado que ele [prefeito] deu aos guardas? Que eles se omitam, não façam nada. Estamos presenciando policiais acuados”, disse.

Ciclovias

“É preciso fazer estudo técnico e revisão de critérios. Ninguém vai acabar com as ciclovias. Elas têm que ser usadas como transporte, esporte e lazer, nunca para ser uma marca de gestão”, disse o pré-candidato. Olimpio falou ainda que algumas das ciclovias apresentam riscos para a segurança dos ciclistas. “Elas estão em locais sem movimentação nenhuma ou ficam ao lado de corredores de ônibus, por exemplo”.

Redução de velocidades

“Quando a prefeitura estabelece um limite de velocidade, estudos técnicos têm de ser realizados em relação à segurança daquela rua. Não pode ser apenas uma marca na gestão”, criticou o deputado. Segundo o Major Olimpio, a redução “brusca” dos limites “está provocando muitas colisões e nada contribui para a reeducação do trânsito”. “Ainda temos motociclistas morrendo e pessoas sendo atropeladas. Temos um dos trânsitos mais violentos do mundo”, completou o pré-candidato.

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indústria de multas?  

O pré-candidato opinou sobre a política de fiscalização da prefeitura para o trânsito. “No trânsito, há sempre um tripé: a educação, a engenharia e o esforço legal, que é a fiscalização. O prefeito está priorizando só o esforço legal. É só multa! Você tem que dar prioridade também aos aspectos da engenharia e adequar a engenharia”, afirmou.

Transporte público 

“Temos que priorizar o transporte público sem a menor dúvida. Mas temos pistas duplas muitas vezes com duas faixas de rolamento onde é totalmente inapropriado e desnecessário pelo número de linhas que circulam naquela região onde se estabeleceu a faixa exclusiva de ônibus. Daí você tem um transtorno para o trânsito e não agiliza também o transporte público. Temos ainda que buscar e equacionar isso porque a velocidade média do transporte público na cidade é de 14 km/h quando o ideal deveria ser, no mínimo, de 28 km/h. Temos que avançar.”

Corredores de ônibus

“Temos que construir corredores de ônibus, porque eles foram mais anunciados que construídos. E você tem que adequar o espaçamento das vias e colocar os corredores nos locais certos. Do lado esquerdo e onde os ônibus possam abrir as portas. E não criar mais uma obstrução sem [criar] um bolsão para a parada do ônibus e [onde] você não provoca fluidez no trânsito”, disse.

Orçamento

“No ano que vem, no cenário mais realista, teremos uma redução orçamentária de R$ 54 bilhões neste ano para pouco menos de R$ 51 bilhões [em 2017]. E os investimentos, que no Orçamento 2016 estão previstos em R$ 6,6 bilhões, caindo para R$ 2,9 bilhões [em 2017]. Ou seja, quem for o prefeito já vai ter uma dificuldade e tem que agir com transparência. Não adianta dizer que vai fazer tudo. Temos que estabelecer prioridades”, explicou.

Corrupção  

“A máquina gerada pela corrupção, pelos desmandos é muito grande. Temos R$ 54 bilhões para 11,8 milhões de habitantes e 27 secretarias que têm que ser reduzidas. Foi se criando secretarias para atender partidos políticos. Temos que fazer esta reengenharia com coragem e determinação. Não adianta continuar no jeitinho. Para fazer uma pequena obra na cidade, você fica cinco anos na fila. E se não pagar, não consegue o licenciamento. É isso que temos que agilizar. Criar gestão descentralizada. Temos que canalizar esforços para atender melhor o cidadão.” 

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