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Atirador que matou cinco policiais em Dallas planejava ataques maiores

O atirador que matou cinco policiais em Dallas, no Texas, planejava um ataque de maiores proporções para “fazer os agentes pagarem” pela violência contra as minorias, revelou neste domingo o chefe da polícia local, David Brown, em entrevista à “CNN”.

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Na última quinta-feira, Micah Johnson, um veterano negro da guerra do Afeganistão, matou cinco policiais em Dallas e feriu sete. O atirador foi morto por um robô-bomba da polícia.

“Nossa inspeção na casa do suspeito nos leva a crer, com base nos materiais para a fabricação de bombas e o diário que encontramos, que ele praticava detonações e que tinha material suficiente para causar efeitos devastadores em nossa cidade e em nossa área do norte do Texas”, afirmou Brown.

Os investigadores estão “convencidos” de que Johnson “tinha outros planos e pensava que estava fazendo o certo ao fazer os agentes pagarem pelo que via como esforços policiais para castigar os negros”.

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A polícia trabalha sobre a teoria de que o agressor tinha planejado atacar as forças de segurança antes das mortes de dois homens negros por agentes brancos no início da semana passada.

“Acreditamos que essas mortes só geraram seu delírio para acelerar seus planos e ele viu o protesto de Dallas como uma oportunidade de começar a semear o caos entre nossos agentes”, afirmou Brown.

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Brown também disse que o suspeito, aparentemente ferido, escreveu as letras ‘RB’ com o seu sangue, numa parede do local onde esteve escondido.  A equipe de investigação ainda não conseguiu determinar se Johnson atuou sozinho ou teve cúmplices, mas confirmou que não tinha antecedentes penais, apenas uma denúncia por abuso sexual dentro do Exército.

No terceiro dia consecutivo de protestos contra a ação violenta da polícia em relação aos negros, milhares de manifestantes fizeram passeatas no sábado pelas ruas de Nova York, Washington e dezenas de outras cidades dos Estados Unidos em protesto pelas mortes dos dois negros baleados por policiais em St. Paul, em Minnesota, e em Baton Rouge, em Louisiana. Segundo a “CNN”, pelo menos 198 pessoas foram presas nessas duas cidades, onde os dois homens foram mortos, além Nova York e Chicago.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, viajará na terça-feira a Dallas e fará um discurso em uma homenagem aos policiais assassinados. Obama encurtou sua visita à Espanha no final de semana, em princípio de dois dias, devido à violência racial registrada nos EUA. 

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