
O provável candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que os EUA precisam aumentar sua resposta militar contra o Estado Islâmico, incluindo bombardeios, após um ataque a tiros em uma boate gay em Orlando deixar ao menos 50 mortos no fim de semana.
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Trump disse ainda, em entrevista à Fox News, que irá falar sobre atos de terrorismo em discurso às 15h (horário de Brasília) em New Hampshire, no qual anteriormente planejava falar sobre a provável candidata democrata, Hillary Clinton.
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O massacre
Um atirador, identificado como Omar S. Mateen, 29, matou 50 pessoas e feriu 53 na boate LGBT Pulse em Orlando, na Flórida, na madrugada de domingo. Munido de revólver e um fuzil AR15, Mateen morreu após troca de tiros com a equipe da Swat.
O ataque está sendo tratado como pior massacre nos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro, em 2001. O número de mortos supera o atentado em Universidade Virginia Tech, em 2007, que matou 32 pessoas.
Pouco antes do massacre, Mateen ligou para a emergência, o 911, para expressar sua lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico. A versão é rejeitada pela família.
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Segundo o FBI, o atirador comprou armas “mais ou menos na última semana”. Mateen não era da área de Orlando e estaria “organizado e bem preparado”.
Um policial trabalhando como segurança dentro da boate, que opera em Orlando desde 2004, trocou tiros com o atirador às 2h (3h de Brasília). Uma situação com reféns se desenvolveu rapidamente e três horas mais tarde um esquadrão de oficiais entrou na boate e matou o atirador.
“No estacionamento, as pessoas foram marcadas com cores diferentes para que os paramédicos pudessem saber quem ajudar primeiro. Havia sangue por toda a parte”, contou à “BBC” Christopher Hansen, que se arrastou até o banheiro quando começou a ouvir os disparos.
Pai de atirador afirma que filho tinha ódio de gays
Filho de afegãos, o norte-americano Omar S. Mateen, 29, apontado pelas autoridades norte-americanas como o responsável pelo atentado, vivia em Fort Pierce, a 190 quilômetros de Orlando, e trabalhava como segurança.
Segundo o FBI, Mateen ligou para a emergência durante a madrugada e fez menção ao Estado Islâmico e aos terroristas responsáveis pelo atentado a bomba na maratona de Boston, em 2013. Mas o atirador já havia chamado a atenção do FBI pela primeira vez em 2013, ao fazer comentários alegando ligações com terroristas a colegas de trabalho. Em 2014, Mateen voltou a ser investigado por ligações com Moner Mohammad Abusalha, um norte-americano que juntou-se a um grupo extremista na Síria e morreu em um ataque suicida.
O pai de Mateen, no entanto, disse acreditar que o filho foi motivado por seu ódio aos gays, e não por sua religião, muçulmana.“Não teve nada a ver com religião”, afirmou Mir Seddique à rede de TV “NBC”.
Seddique contou que Mateen expressou revolta ao ver um casal gay trocando carinhos recentemente no centro de Miami, e sugeriu que isso pode ter motivado a ação violenta. “Ele viu dois homens se beijando em frente à sua mulher a ao seu filho e ficou muito irritado”, lembrou.
Mateen foi casado até 2011 e tinha um filho de três anos. Ao jornal “The Washington Post”, sem se identificar, a ex-mulher o classificou como “mentalmente instável” e afirmou que ele a agrediu diversas vezes.
O atirador tinha duas licenças de armas de fogo e uma licença de agente de segurança. As licenças iriam expirar em setembro de 2017.
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