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PIB do Brasil encolhe 0,3% no primeiro trimestre e 5,4% em um ano, diz IBGE

A economia brasileira voltou a encolher no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O PIB (Produto Interno Bruto), soma da renda de bens e serviços produzidos no país, teve queda de 0,3% no primeiro trimestre de 2016, em comparação com os três meses anteriores.  O resultado é a quinta queda consecutiva nesta base de comparação.

No mesmo período do ano passado, o PIB havia fechado em queda de 3,8%, a maior desde o início da série histórica, que começou em 1996.

Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 1,47 trilhão no primeiro trimestre deste ano. Quando comparado ao primeiro trimestre de 2015, o PIB teve um recuo de 5,4%.

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Setores

A queda do PIB no primeiro trimestre reflete retrações em praticamente todos os setores da economia, com destaque para Formação Bruta de Capital Fixo (investimento em bens de capital), com queda de 2,7%, na comparação com o trimestre anterior. Em seguida vem a indústra com -1,2%, a agropecuária com -0,3 e serviços com queda de 0,2%. Por sua vez, o consumo das famílias fechou com retração de 1,7%. A exceção foi o consumo do governo que fechou positivo em 1,1%.

A maior contribuição para a queda de 1,2% no setor industrial veio da indústria extrativa mineral, com retração de 1,1%, enquanto a indústria de transformação recuou 0,3% e fechou o período com o sexto resultado trimestral negativo consecutivo. Na construção, houve queda de 1%. Já nas atividades de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana houve crescimento de 1,9%.

Em relação às despesas, o recuo de 2,7% na formação bruta de capital fixo é o décimo consecutivo nesta base de comparação. Já a despesa de consumo das famílias (-1,7%) caiu pelo quinto trimestre seguido.

No setor de serviços, a retração de 0,2% reflete o comportamento negativo do comércio (-1%), de intermediação financeira e seguros (-0,8%) e dos serviços de informação (-0,7%), justamente os que apresentaram as maiores quedas em relação ao trimestre imediatamente anterior.

No que se refere ao setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram expansão de 6,5%, enquanto que as importações de bens e serviços recuaram 5,6%.

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