Com a proximidade das férias de julho, mas com o país atingido pela crise econômica, a saída para não deixar de viajar é reduzir os gastos com o turismo.
Segundo uma pesquisa da Ipsos Brasil, dois em cada três brasileiros pretendem cortar gastos com viagem nos próximos meses. Apesar disto, 64% pretendem visitar algum destino entre junho e setembro deste ano.
A mesma pesquisa também indicou que o percentual de brasileiros com planos de viagem é maior que o de europeus (54%) e norte-americanos (61%), mas o orçamento médio do turista nacional (de R$ 1.212 ) é o menor entre os oito países pesquisados. Por isso, quase metade dos entrevistados (47%) pretende fazer deslocamentos nacionais.
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O sonho da psicopedagoga Ana Rita Bruni era percorrer de moto a famosa Rota 66, nos Estados Unidos. Ela chegou até a comprar um pacote para setembro, mas desistiu da viagem por causa da alta do dólar.
«Eu ia pagar três vezes mais o que eu tinha programado», explica Rita, que vai passar uma semana em Paris gastando um terço do que a viagem aos EUA custaria.
Na volta, a psicopedagoga ainda pretende conhecer as serras catarinenses – também de moto. «Já que não dá para ir pela Rota 66, vou de BR 116 e o prazer será o mesmo», garante.
O caso de Rita não é único: ao invés do destino dos sonhos, muita gente tem optado por pacotes que cabem no bolso.
O gerente de venda Tiago Silva, que trabalha em uma gência de viagens, explica os destinos nacionais costumam representar 60% do volume de vendas, contra 40% das férias rumo ao exterior. Atualmente, porém, essa relação passou a ser de 65% contra 35%.
«Está sendo comum esta prática de mudança de roteiro. Pode chegar a uma economia de 25% para o cliente», afirma o gerente.