A delegada Cristiana Bento, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, que assumiu a investigação do estupro coletivo ocorrido em uma comunidade no Rio de Janeiro, em entrevista coletiva, afirmou que é evidente que houve crime de estupro, porque a vítima estava desacordada e, sendo assim, não ofereceu resistência ao abuso. Portanto, mesmo que lesões não sejam comprovadas no corpo de delito é possível afirmar que houve violência sexual.
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Segundo Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil, o laudo do exame de corpo de delito é conclusivo, mas alguns vestígios do crime se perderam por conta da demora entre o momento em que ocorreu o estupro e a realização do exame.
De acordo com Veloso, o vídeo no qual a jovem aparece e que foi publicado em uma rede social, comprova que o estupro foi consumado. “Pelo menos um dos homens toca a jovem e manipula a jovem, que parece estar desacordada. Este ato é estupro”, explicou.
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Não há prova material sobre quantas pessoas estupraram a adolescente de 16 anos e, segundo a delegada, a investigação quer identificar quantos participaram do crime. Ela também esclareceu que os homens que não abusaram da garota, mas estavam olhando o ato, também responderão pelo crime.
A delegada afirmou que a jovem está sendo coagida. “Ela está com medo de falar, o que é compreensível”, disse Cristiana Bento. “Em crimes sexuais, a palavra da vítima tem muita importância”, lembrou.