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O presidente interino Michel Temer (PMDB) decidiu recriar o Ministério da Cultura (MinC) e confirmou o diplomata Marcelo Calero como o novo ministro da Cultura – anteriormente ele já havia sido designado para chefiar a secretaria da pasta, que tinha sido subordinada ao Ministério da Educação.
No Twitter, o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse que a decisão de recriar a pasta é um gesto do peemedebista no sentido de serenar os ânimos e focar no objetivo maior: a cultura brasileira.
“Com Marcelo Calero vamos trabalhar em parceria para potencializar os projetos e ações entre os ministérios da Educação e da cultura”, escreveu Mendonça em um dos tuítes sobre a decisão de Temer.
A fusão do MinC com o Ministério da Educação gerou diversos protestos de integrantes da classe artística, assim como estudantes e políticos, mas o ministro Mendonça Filho havia dito que não via «atraso» na absorção da Cultura pela sua pasta.
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O governo interino de Michel Temer tem sido marcado por recuos em medidas que se mostraram polêmicas. Anteriormente, o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), teve de desdizer sua posição sobre o SUS (Sistema Único de Saúde), após afirmar que o Estado não tem condições de arcar com o atendimento médico universal.
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, também causou desconforto e foi desautorizado pelo próprio Michel Temer após sugerir que o critério de escolha do procurador-geral da República – a confirmação de uma eleição interna entre os procuradores – deveria ser mudado.
Após ser duramente criticado por formar uma equipe ministerial composta apenas por homens, Temer também escolheu a economista Maria Silvia Bastos Marques para ser presidente do BNDES no lugar de Luciano Coutinho – ela foi a primeira mulher a integrar o governo interino.