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O empresário André Gerdau, presidente do Grupo Gerdau, que é suspeito de tentar sonegar R$ 1,5 bilhão em impostos, foi indiciado nesta segunda-feira pela PF (Polícia Federal) por corrupção ativa.
O executivo, e outras 18 pessoas também indiciadas ontem pela PF, são acusados de participação em irregularidades investigadas dentro da Operação Zelotes.
Deflagrada no ano passado, a Zelotes apura suposto esquema de pagamento de propinas a integrantes do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para manipulação de julgamentos que levassem à redução ou anulação de multas aplicadas pela Receita Federal.
Entre os demais indiciados estão conselheiros e ex-conselheiros do Carf – órgão ligado ao Ministério da Fazenda –, advogados e executivos da Gerdau. Eles responderão por crimes como tráfico de influência, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
As investigações se debruçaram sobre sete processos da Gerdau no Carf. Em pelo menos dois deles, a PF identificou indícios de que o grupo pretendia sonegar impostos, calculados em R$ 1,5 bilhão.
Ainda segundo a polícia, a Gerdau permaneceu praticando irregularidades mesmo após o início da Zelotes. O suborno aos conselheiros era intermediado por advogados contratados pela empresa para prestar serviços de advocacia e consultoria.
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O indiciamento de André Gerdau e dos executivos da companhia ocorre menos de três meses depois de o grupo siderúrgico ter sido alvo da 6ª fase da operação, no último dia 25 de fevereiro.
A empresa repudiou os indiciamentos e garantiu que nenhum executivo jamais “prometeu, ofereceu ou deu vantagem indevida a funcionários públicos”.