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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, só deve anunciar na terça-feira (17) os nomes da equipe econômica, incluindo o presidente do Banco Central. A informação é da assessoria de imprensa do ministério.
Na última sexta-feira (13), Meirelles, durante a primeira entrevista à imprensa desde que se tornou ministro, tinha informado que os nomes que vão compor a equipe do ministério, do presidente do Banco Central e de bancos públicos seriam anunciados nesta segunda (16).
O único nome que o ministro confirmou foi o de Tarcísio José Massote de Godoy, como secretário-executivo do ministério. O novo secretário acompanhou o ministro na entrevista. Godoy é servidor da carreira de finanças e controle do Tesouro Nacional desde 1993.
Medidas econômicas
Além do anúncio da equipe econômica, durante seu pronunciamento, amanhã, Meirelles pode anunciar as primeiras medidas econômicas do governo.
Enfrentando duras críticas à eventual criação de impostos, como a CPMF, o mais provável é que Meirelles trate a possibilidade apenas como último recurso. Em coluna publicada no domingo na “Folha de S. Paulo”, Meirelles disse que “governos são capazes de encontrar caminhos para financiar o aumento de despesas sem que os cidadãos que pagam por elas notem, avaliem e aprovem”.
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Como o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) busca fortalecer os laços com a base aliada no Congresso, é provável que o anúncio se restrinja, portanto, a medidas de aprovação mais fácil. O ministro deve anunciar um novo enxugamento da máquina pública, indo além dos 4 mil cargos que o governo prometeu cortar na sexta. Também deve ser formalizada a decisão de vender ações de empresas públicas, como Correios e empresas do setor elétrico.
O governo interino já anunciou, por várias lideranças, que pretende fazer rapidamente ao menos duas reformas – da Previdência e trabalhista. É certo que será proposta uma idade mínima de aposentadoria, mas a regra de transição está em estudo.