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Cratera não tapada pela prefeitura dificultou combate a incêndio de Paraisópolis

Cratera dificultou chegada dos bombeiros | Divulgação/reprodução
Cratera dificultou chegada dos bombeiros | Divulgação/reprodução

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A comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, foi atingida por um grave incêndio na tarde deste sábado (14). Segundo moradores, o fogo alastrou-se rapidamente e os bombeiros tiveram dificuldades para chegar ao local devido a uma cratera na rua Melchior Giola, cujo fechamento vinha sendo postergado pela Prefeitura da cidade. O incêndio foi controlado no início da noite.

Segundo a União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, há menos de um mês, o prefeito Fernando Haddad prometeu, em encontro com uma comitiva da entidade, resolver a situação, mas não estabeleceu um prazo.

«Foram inúmeros os pedidos de apoio à Prefeitura para que o problema fosse sanado. Apesar das insistentes tentativas de conversas com os representantes do governo municipal e os alertas contínuos sobre os riscos aos quais a comunidade está exposta por conta dessa situação, nenhuma providência foi tomada», disse Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio.

A primeira tentativa de resolver o problema da cratera foi feita em dezembro de 2015. Na ocasião, o pedido para cobrir o buraco foi levado à Subprefeitura. Após outras solicitações, no dia 8 de abril, Haddad prometeu uma solução «acelerada». «Uma equipe foi enviada, mas nada foi resolvido», disse Rodrigues em contato com o Portal da Band. Recentemente, um carro afundou no buraco.

Segundo Rodrigues, as viaturas do Corpo de Bombeiros não conseguiram passar pela rua, e tiveram que fazer outro caminho, mais longo, para chegar ao local do incêndio, atrasando o combate ao fogo.

De acordo com Rodrigues, enquanto aguardam o suporte do poder público para lidar com as consequências geradas pelo incêndio, os moradores já organizam um mutirão para ajudar os desabrigados.

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Cerca de 300 desabrigados

Mais de 400 moradias foram atingidas pelo fogo. Ainda não se sabe qual é a quantidade de desabrigados, mas a associação de moradores acredita que, até as 23h deste sábado, o número estaria entre 300 e 400 pessoas, que tiveram suas casas total ou parcialmente destruídas pelo fogo.

Os desabrigados estão sendo encaminhadas para o CEU da comunidade. No local, estão sendo atendidos por funcionários Secretaria Municipal de Assistência Social, que estão também cadastrando os moradores. Eles recebem colchões e comida, e podem permanecer no CEU. No entanto, pode causa do frio e da falta de recursos no local, Rodrigues aconselha que elas busquem abrigo na casa de parentes.

Veja imagens do incêndio:

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