O vice-presidente Michel Temer resolveu cortar entre nove e dez ministérios do governo que deve comandar no caso, bastante provável, de que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff seja aberto pelo Senado. Atualmente, há 32 pastas.
Ao jornal “O Globo”, Eliseu Padilha, um dos assessores mais próximos de Temer e nome confirmado no futuro gabinete, afirmou: “Vamos formar um governo com 23 ministérios”.
A medida visa dar um sinal de que implementará cortes de despesa necessários para reequilibrar as contas públicas, um de seus principais desafios.
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A equação não é fácil. Temer precisa de votos no Congresso para aprovar medidas que considera necessárias para retomar o crescimento e fazer o ajuste fiscal. Para isso, vinha negociando indicações em troca do apoio. Os pleitos foram tantos que ele havia concluído que só conseguiria cortar três pastas. Mas, diante de críticas de que seu governo ficaria muito parecido com o de Dilma, resolveu recuar.
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Alguns nomes do novo governo estão praticamente definidos: Henrique Meirelles na Fazenda, Padilha na Casa Civil, Romero Jucá (PMDB-RR) no Planejamento, José Serra (PSDB-SP) nas Relações Exteriores; e Moreira Franco em uma secretaria ligada à Presidência para tratar de privatizações.
Boa parte dos cortes se dará por junção de pastas: Cultura deve se fundir a Educação, Aviação Civil e Portos devem ser integrados a Transportes e Direitos Humanos, Mulheres e Igualdade Social devem ser incorporadas ao Ministério da Justiça, segundo o “Jornal Nacional”.