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Programa chamado Aedes do Bem ‘produz’ mosquitos coloridos

O programa que criou o chamado “Aedes do Bem” em Piracicaba, ganhou uma inovação. A empresa Oxitec – responsável pelo uso de mosquitos geneticamente modificados no combate a dengue – iniciou a dispersão no ambiente, de mosquitos coloridos. A ideia é aprimorar o sistema de monitoramento do inseto.

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Desde o dia 29 de março, a cidade passou a conviver com mosquitos machos transgênicos nas cores azul, laranja, rosa e amarelo – para surpresa, curiosidade e apreensão da população.

A soltura ocorreu nos bairro Cecap-Eldorado, onde o projeto é desenvolvido desde o dia 30 de abril do ano passado.
Os técnicos explicam que a identificação pela cor adotada agora vai facilitar o monitoramento e ajudar a descobrir com maior precisão sobre a resistência do inseto que teve DNA modificado.

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A supervisora de Produção e Ensaios de Campo da Oxitec, Karla Tepedino, diz que os mosquitos modificados são idênticos aos selvagens e, por causa disso, a identificação pelas cores se torna fundamental para o monitoramento.
De uma nuvem de 800 mil mosquitos modificados colocados no ambiente no período de uma semana, 160 mil foram submetidos à pintura, num trabalho quase artesanal.

Os insetos são colocados em potes, e acabam tingidos por pó colorido que emite luz fluorescente. Em seguida, são introduzidos no ambiente. Durante 12 dias, serão feitas coletas diárias para recaptura dos insetos para avaliação.

Enquanto o ciclo de vida de um mosquito selvagem chega até 30 dias, o transgênico vive de dois a quatro dias e daí a necessidade de sistema de um monitoramento mais ágil, explica a supervisora.

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Susto

O aparecimento de insetos coloridos na cidade provocou um misto de curiosidade e apreensão entre as pessoas. Houve intensa especulação nas redes sociais e discussões em torno da segurança do procedimento.

Para evitar pânico, a prefeitura teve de se pronunciar sobre o assunto por meio de esclarecimento público.
“É importante relembrar que os mosquitos coloridos são os mesmos machos do Aedes do Bem que vem sendo liberados no Cecap-Eldorado desde 30 de abril de 2015, ou seja, não picam e são totalmente seguros”, diz a nota.
De acordo com a prefeitura, o método de marcação e recaptura é utilizado em estudos de ecologia e epidemiologia para medir populações, sobrevivência e deslocamentos.

“Essa é uma técnica largamente utilizada. Tartarugas e baleias, por exemplo, recebem um marcador.  A colocação da tintura nada mais é que uma outra maneira de garantir o monitoramento”, diz Karla Tepedin.

Ela garante não haver riscos para a população no caso de um eventual contato com o inseto.“Não há risco algum”, afirma.

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