Com a recente desvalorização do dólar e do euro, os turistas brasileiros retomaram as buscas por destinos internacionais. Segundo o site de pesquisas de viagens Kayak, houve um crescimento de 27% na procura pelas principais cidades internacionais de fevereiro para março.
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Entre os destinos internacionais que mais cresceram em buscas estão Lisboa e Nova York, com alta de 39%, Miami (32%), Paris (31%) e Madri (28%). Na sequência, aparecem Buenos Aires (24%), Los Angeles (14%), Londres (12%) e Orlando (8%).
“Nas últimas semanas, percebemos que as buscas começaram a voltar a subir”, diz Kaio Philipe, diretor do Kayak Brasil. Segundo ele, um dos motivos é a queda da moeda estrangeira. Além disso, as companhias aéreas têm feito muitas promoções para elevar a ocupação dos aviões.
O executivo diz que é possível encontrar passagens para o exterior com preços até inferiores aos de voos para destinos nacionais. Na última semana, por exemplo, uma companhia oferecia passagens entre São Paulo e Barcelona por R$ 1.564 com embarque em maio, comenta.
“As promoções deixaram os pacotes em dólar mais baratos que no ano passado. Com o impacto recente do câmbio, o preço melhorou e as consultas estão voltando”, cofirma Edmar Bull, presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens).
Segundo o executivo, a desvalorização trouxe ânimo para o setor, que esperava estabilidade nos negócios neste ano e, agora, já prevê uma expansão de até 5% nas vendas.
A CVC afirma que a queda do dólar, somada à recente medida provisória que baixou de 25% para 6% os impostos de remessas ao exterior, já sinalizam efeito positivo na demanda e venda de viagens ao exterior. Para estimular a demanda, a operadora tem feito promoções com câmbio reduzido.
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Na última semana, a CVC também lançou promoções de passagens em parcerias com as companhias aéreas. Voos de ida e volta para Orlando, por exemplo, estavam sendo vendidos por US$ 209, uma redução de até 15% sobre o preço praticado em igual período do ano passado.
Os destinos mais procurados no exterior são Caribe, EUA, Canadá e Europa. Segundo a CVC, a queda do dólar também tem estimulado renegociações de custos com fornecedores europeus, que querem permanecer competitivos em relação aos países dolarizados.
