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No Rio, médica pede demissão após crítica de Eduardo Paes

O atendimento ao filho do prefeito Eduardo Paes no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na noite de domingo, gerou polêmica entre funcionários e o chefe do executivo carioca, que teria destratado uma médica contratada pela prefeitura. Nesta segunda-feira, ela confirmou à BandNews FM que entregou sua carta de demissão.

Bernardo, de 11 anos, foi à unidade na Barra, na zona oeste, após sofrer uma queda enquanto jogava hóquei. Segundo testemunhas, mesmo sentindo falta de ar, ele entrou andando na emergência.

Uma funcionária do hospital que teve a identidade preservada contou que houve uma confusão de entendimento e que, irritado, Paes teria gritado e mandado embora uma médica: “Ele falou que a médica tinha pedido para o filho dele abrir o prontuário, o que não existe. Falou também que não deitamos a criança na maca, o que não fizemos porque estávamos forrando a maca. Disse ainda que ela estava demitida e que ele falava como patrão, não mais como cidadão. Inclusive, ele passou a fila do raio-X.”

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Na segunda-feira de manhã, porém, o prefeito negou que tenha demitido a médica que atendeu o filho dele, mas afirmou que recebeu reclamações de pacientes sobre a profissional: “Lá eu fui conversando com pacientes e tive reclamações. O que eu falei para aquela médica é que ela precisa ter uma postura de mais atenção. Ela não dá atenção para os pacientes. Isso eu não vou aceitar na minha rede. Nunca.”

O filho do prefeito passou por exames para verificar se havia quebrado alguma costela, mas, segundo funcionários, nenhuma fratura foi encontrada.

Denúncia 

O Sindicato dos Médicos do Rio (SinMed/RJ) informou que vai denunciar Paes por prevaricação e assédio moral à médica. Presidente do sindicato, Jorge Darze disse que o prefeito “rompeu com os princípios básicos da civilidade e da moralidade” e acrescentou que a médica é muito jovem e está traumatizada.

Em nota, Paes afirmou que continuará cobrando um melhor atendimento e lamentou que o sindicato, “sem conhecer os fatos, tente explorar politicamente o episódio”. Já a Secretaria Municipal de Saúde informou que não havia recebido nenhum pedido de demissão até o fim da tarde de segunda-feira.

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