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Força Aérea nega transporte de órgão a paciente. De novo

A Força Aérea Brasileira (FAB) negou, mais uma vez, o transporte de um órgão para paciente do Rio de Janeiro. Dessa vez, uma pessoa com câncer não pôde receber o fígado que tinha sido disponibilizado, às 21h de domingo, no Sistema Nacional de Transplantes.

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O órgão estava em Aracaju, no Sergipe, e era compatível com um paciente do Hospital Silvestre, no Cosme Velho, na zona sul, que ficou sem o transplante.

A FAB justificou a recusa dizendo que a condução de órgãos é feita durante o aproveitamento de missões de transporte e que, na ocasião, não havia nenhuma missão prevista na rota para aproveitar o deslocamento.

Desde 2013, a Aeronáutica tem um acordo de cooperação com o Ministério da Saúde para priorizar o transporte de órgãos. Mas, à BandNews FM, a FAB informou que esse tipo de deslocamento não é uma missão atribuída à ela, mas uma atividade realizada, eventualmente, em aproveitamento de missões.

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Há um mês, um homem de 58 anos também ficou sem o transplante de fígado, no Rio, já que a Força Aérea Brasileira alegou “problemas logísticos” para retirar o órgão, em Toledo, no interior do Paraná. Segundo uma fonte do Hospital Silvestre, desde então já foram três outras negativas para o transporte de órgãos.

Em janeiro, um outro caso de recusa gerou revolta. O menino Gabriel, que tinha 12 anos e estava em um hospital em Brasília, à espera de um transplante, deixou de receber um coração novo por falta de um avião da FAB e morreu 14 dias depois de o doador ter aparecido. O órgão estava disponível em Pouso Alegre, em Minas Gerais, mas a FAB se recusou a atender o pedido.

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