Taxistas que trabalham na capital dão sinais de que a temperatura pode subir ainda mais nos próximos dias. Contrariados com a decisão da Justiça que impede a prefeitura de apreender veículos ligados à Uber, eles prometem partir para o ataque.
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Em conversas por meio do Whatsapp, eles trocam dicas de táticas de guerrilha para “tirar a Uber das ruas”. Nos diálogos, motoristas afirmam que a solução “é colocar fogo no carro preto”. Em uma gravação, um motorista explica para como proceder para “jogar uma pedra contra o carro da Uber e fugir antes de ser identificado”. Em um outro áudio, o taxista sugere o uso de um produto chamado “pintoff (removedor) contra os carros pretos.
Procurado, o presidente do Simtetaxi, Antônio Matias, disse que repudia qualquer ato de violência, mas que cada profissional responde pelos atos. Matias é alvo de inquérito após gravar um vídeo afirmando que o sindicato ia “para o cacete contra o aplicativo.”
Na quarta-feira, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que atos de violência podem impedir o debate sobre a modernização do serviço de transportel. Haddad disse que a prefeitura vai cumprir a decisão da Justiça. O secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que nenhum veículo ligado à Uber será guinchado.
A Secretaria da Segurança realizou ontem blitze para “para fiscalizar a presença de armamento em táxis”. Cerca de 100 policiais foram para as zonas sul, oeste e leste.
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