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Dólar cai 0,61% e fecha abaixo de R$ 3,90, de olho em Fed

O dólar fechou em queda e voltou abaixo de R$ 3,90 nesta quinta-feira, reagindo à percepção de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não deve aumentar os juros tão cedo.

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O dólar recuou 0,61%, a R$ 3,8941 na venda, renovando a mínima de fechamento desde 29 de dezembro, quando ficou em R$ 3,8769. Na mínima desta quinta-feira, a moeda norte-americana atingiu R$ 3,8449.

Turbulências nos mercados financeiros globais, dados fracos sobre a economia norte-americana e declarações de autoridades do Fed vêm alimentando apostas de que o banco central norte-americano pode demorar para aumentar os juros novamente.

Essa percepção tende a favorecer mercados emergentes, que manteriam sua atratividade diante de juros ainda baixos na maior economia do mundo.

«Se todo esse ambiente financeiro difícil que vimos no começo do ano levar o Fed a adiar o aumento de juros, isso pode acabar sendo positivo para nós», disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

O real tem tido desempenho melhor do que seus pares desde o início deste ano. Embora analistas sejam praticamente unânimes ao afirmar que o dólar deve eventualmente voltar a subir, alguns já começam a levantar a possibilidade de um alívio no curto prazo.

O Nomura Securities ressaltou em relatório que a correção das contas externas do Brasil tem sido forte desde o início do ano passado.

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«Não vemos isso como condição suficiente para garantir uma visão positiva para o real, mas acreditamos que esse ajuste das contas externas desempenha um papel em limitar a depreciação daqui em diante», escreveu o economista João Pedro Ribeiro. Ele projeta que o dólar deve terminar o ano a R$ 4,20.

Essa percepção não é unânime, porém, e alguns operadores nas mesas de câmbio suspeitam que o bom desempenho do real teria sido influenciado por grandes operações pontuais envolvendo títulos cambiais, possivelmente conduzidas por bancos públicos.

Nesta manhã, o Banco Central promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, vendendo a oferta total de 11,9 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou US$ 2,329 bilhões, ou cerca de 23% do lote total, que equivale a US$ 10,118 bilhões.

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