O senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria sido o destinatário de uma propina de R$ 300 mil em 2013, conforme a delação premiada, homologada pelo STF, de Carlos Alexandre de Souza Rocha, responsável por entregar dinheiro para o doleiro Alberto Youssef, um dos principais investigados na Operação Lava Jato.
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Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, Rocha afirmou que levou “três ou quatro vezes” quantias em dinheiro a um diretor da UTC Engenharia, no Rio de Janeiro, chamado Carlos D’agosto Miranda.
Em uma das entregas, ocorrida entre setembro e outubro de 2013, Rocha contou que o diretor da UTC estava “bastante ansioso”, pois “não aguentava mais a pessoa” que o cobrava.
Indagado por Rocha sobre quem seria a pessoa, a resposta de Miranda teria sido “Aécio Neves”. Surpreendido, o delator ainda teria questionado se o senador não era da oposição.
“Aqui a gente dá dinheiro para todo mundo, situação, oposição, todo mundo”, foi a justificativa que Rocha afirma ter recebido.
Apesar de citar o senador tucano, o delator disse que não presenciou a entrega, que teria ocorrido no Rio de Janeiro.
Em sua campanha eleitoral de 2014, Aécio Neves recebeu, em doações declaradas à Justiça, R$ 4,5 milhões da UTC – a empresa deu R$ 7,5 milhões ao comitê eleitoral da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT).
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Contatada pelo jornal para falar sobre a acusação, a assessoria de Aécio Neves a classificou como “absurda e irresponsável”, e afirmou que não há nenhum tipo de comprovação do envolvimento de Aécio no esquema de corrupção.
“Trata-se de mais uma falsa denúncia com o claro objetivo de tentar constranger o PSDB”, disse a assessoria.
A UTC, por sua vez, também afirmou que a acusação não tem fundamento.
