Um dia após dizerem que continuarão ocupando escolas, estudantes bloquearam nesta segunda-feira novamente algumas vias de São Paulo, causando pontos de conflito com quem passava de carro ou transporte público. Mas, diferentemente da semana passada, a PM desta vez apenas acompanhou.
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Os atos começaram de manhã, quando estudantes ocuparam a Raposo Tavares na chegada a São Paulo. Este durou cerca de cinco horas.
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Pouco depois das 17h, estudantes fecharam o cruzamento das avenidas Rebouças e Faria Lima (Pinheiros)com cadeiras escolares e faixas. Não demorou muito para o trânsito ficar engarrafado. Passageiros começaram a descer dos ônibus e motoristas a buzinar, enquanto os estudantes cantavam “Quem buzina apoia”.
Impossibilitadas de continuarem seu trajeto, algumas pessoas perderam a paciência e discutiram com os alunos, chegando até a empurrões. A PM, que acompanhava, não interviu.
As opiniões de quem passava se dividiam. A favor estava, por exemplo, Marineve de Macedo, 46 anos, que voltava para casa na hora do protesto. “É um direito deles, é uma vergonha o ensino nesse país, então apoio, mesmo com dificuldade de voltar para casa”. Já o auditor Nilson Goulart, 43 anos, se dizia “totalmente contra”. “O direito de ir e vir tem que estar garantido. Esse protesto é político.”
Iniciadas contra o projeto de reorganização da rede estadual, as ocupações foram mantidas mesmo após a suspensão da medida, na última sexta-feira. Ontem, 154 escolas estavam ocupadas no Estado, segundo a Secretaria da Educação.
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O governador Geraldo Alckmin disse nesta segunda-feira “não ver motivo” para que o movimento continue.
Os alunos, por sua vez, querem que a reorganização seja cancelada, não suspensa, que policiais que agrediram estudantes sejam punidos e que alunos maiores de idade e professores envolvidos em conflitos não sejam processados.
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