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Cunha adia indicação de nomes para comissão de impeachment

Cunha fere acordo firmado entre lideranças partidárias, segundo ministro | Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Cunha fere acordo firmado entre lideranças partidárias, diz deputado José Guimarães | Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu adiar para terça-feira a definição da lista dos 65 integrantes da comissão especial que vai analisar a abertura de processo de impeachment presidencial.

Os líderes do governo, José Guimarães (PT-CE); do PMDB, Leonardo Picciani (RJ); e do PCdoB, Jandira Feghali (RJ) criticaram a decisão de Cunha que, segundo eles, se juntou com a oposição e quebrou acordo de que a lista de integrantes seria montada por consenso. Segundo os parlamentares, a oposição não concordou com as indicações feitas pela base do governo e quer elaborar uma lista paralela de integrantes.

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José Guimarães disse que os partidos da base vão discutir possíveis medidas jurídicas e políticas para serem tomadas. “Eles querem compor maioria sem ter maioria. Não aceitamos esse tipo de manobra”, afirmou.

Jandira Feghali criticou Cunha por adiar a sessão do Plenário para amanhã, às 14 horas. Segundo ela, essa decisão quebra o acordo sobre as indicações e vai inviabilizar a votação da representação contra o presidente da Câmara no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Leonardo Picciani também criticou o adiamento. “Nós começamos de forma ruim. O acordo era a definição de uma chapa única, mas parte da oposição voltou atrás. O ideal é que haja previsibilidade. O PMDB vai manter os nomes”, declarou.

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Segundo Picciani, a possível lista paralela de integrantes a ser anunciada pela oposição pode inviabilizar a instalação da comissão especial sobre o impeachment. “Essa manobra tem consequências mais graves. Pode fazer com que a comissão não se instale. Pode ser que uma chapa seja eleita e, depois, indefinidamente, recuse as indicações da outra chapa.”

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