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PF irá tomar depoimento de Bumlai na carceragem em Curitiba

Bumlai foi preso no último dia 24, durante a Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato, em Brasília | Rodolfo Buhrer/Reuters
Bumlai foi preso no último dia 24, durante a Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato, em Brasília | Rodolfo Buhrer/Reuters

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, autorizou nesta quinta-feira a Polícia Federal (PF) a tomar o depoimento do pecuarista José Carlos Bumlai, preso na terça-feira (24).  A decisão foi tomada após o juiz negar pedido da defesa do empresário para realização de uma audiência de custódia para avaliar a necessidade de Bumlai continuar preso. O empresário cumpre prisão preventiva na carceragem da PF em Curitiba.

Conforme a decisão de Moro, a oitiva de Bumlai deve ser feita nos próximos dias. “Diante do desejo manifestado pelo investigado de que seja ele inquirido sobre o objeto da investigação, intime-se, com urgência, a autoridade policial desta decisão para que promova a inquirição dele, acompanhado de seu advogado, nos próximos dias, preferivelmente no dia 27 ou no dia 30 de novembro”, decidiu Moro.

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Ao negar pedido de realização da audiência de custódia, o juiz explicou que a medida não pode ser aplicada nos casos de prisão preventiva, como é o caso de Bumlai. Com a medida, a defesa de Bumlai pretendia esclarecer fatos imputados ao pecuarista e tentar libertá-lo. Além disso, Moro entendeu que cabe à Polícia Federal fazer a oitiva. As audiências foram implantadas neste ano pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nelas, o preso em flagrante deve ser levado em 24 horas para que um juiz decida sobre a necessidade da prisão.

“Então, penso que é mais apropriado que o investigado, querendo falar sobre o objeto da investigação, seja inquirido pela autoridade policial diretamente, e não por este julgador, pelo menos isso enquanto se trata da fase ainda de investigação”, argumentou.

Bumlai foi preso na terça-feira (24) na Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato, em Brasília. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Bumlai usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin.

Segundo o procurador da República Diogo Mattos, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada, o empréstimo se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.

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