Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Secretaria Municipal da Saúde revela que apenas 39% dos paulistanos usam preservativos na primeira relação sexual. Mas todos deveriam.
Isso porque dados da secretaria apontam para um aumento de casos de infeção por HIV, o vírus da Aids, entre os jovens do sexo masculino. A taxa subiu de 2,6 para 8,5 (a cada 100 mil habitantes) entre os jovens de 15 a 19 anos e de 22,2 para 43,3 entre os de 20 a 24 anos. A proporção de casos notificados também tem aumentado entre negros, homens homossexuais, usuários de drogas e profissionais do sexo.
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Nos últimos dez anos, porém, houve queda de 22,1% nos casos de Aids na capital (veja quadro abaixo).
O secretário da Saúde, Alexandre Padilha, disse que é necessário mudar a cultura da sociedade em relação à Aids. “A população está mais informada, só que não tem uma atitude de prevenção adequada.”
Para tentar diminuir a epidemia entre esses grupos, a secretaria irá distribuir gratuitamente mais de 120 milhões de preservativos pela cidade. A partir da próxima terça-feira, Dia Mundial contra a Aids, todos os terminais de ônibus passarão a ter pontos de distribuição.
Outra medida de prevenção será a ampliação de unidades que realizam o teste rápido de diagnóstico. Segundo a pesquisa, feita com 4 mil moradores da cidade, apenas 35% dos paulistanos fizeram o teste de HIV ao menos uma vez na vida.
A secretaria pretende ainda ampliar o número de pessoas que têm acesso à PEP (profilaxia pós-exposição), coquetel de medicamentos para quem se expôs ao vírus HIV.
Antes, a PEP estava disponível apenas para os casos de violência sexual ou para profissionais de saúde que haviam se acidentado com o vírus. Agora, pessoas que tiveram relações consensuais sem o uso de preservativos também poderão solicitar o coquetel.
O aplicativo “Tá na mão”, criado pela pasta, mostra endereço dos pontos de acesso de preservativos gratuitos e de onde fazer o teste, entre outros.