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Modigliani é vendido por 2º maior valor em leilão

Nu, de Modigliani, é vendido por US$ 170 milhões | Andrew Kelly/Reuters
Nu, de Modigliani, é vendido por US$ 170 milhões | Andrew Kelly/Reuters

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Uma pintura de Modigliani foi vendida a um comprador chinês anônimo em leilão na Christie’s por US$ 170,4 milhões (R$ 647 milhões), o segundo preço mais alto para uma obra de arte em leilão, à medida que colecionadores ricos continuam a pagar mais e mais por obras raras à venda na temporada de leilões deste trimestre. Colecionadores asiáticos têm sido especialmente ativos no mercado de arte nas temporadas recentes.

O preço final pago na segunda-feira (9) para o retrato «Nu Reclinado”, leiloado pela primeira vez, ficou abaixo apenas de «As Mulheres de Argel”, de Picasso, vendido por US$ 179 milhões (R$ 680 milhões) na Christie’s, em maio.

Cerca de seis participantes disputaram a tela, que permaneceu na mesma coleção privada por cerca de 60 anos e foi oferecida como o destaque de uma venda especial com a curadoria «Musa do Artista», compreendendo 34 obras no total.

Em uma sala lotada e caracterizada pela concorrência deliberada e determinada, o lance começou em US$ 75 milhões (R$ 284 milhões), um recorde para o maior valor conseguido por um Modigliani em leilão, que era de US$ 70,7 milhões (R$ 268 milhões).

O preço final foi de US$ 170.405.000, incluindo a comissão da Christie’s de pouco mais de 12%. A casa de leilões havia estimado que a tela obteria mais de US$ 100 milhões (R$ 379 milhões).

Embora quase 30% das ofertas de «Musa do Artista» tenham ficado encalhadas, «Retrato nu em um sofá vermelho», de Lucian Freud, tinha preço estimado em até US$ 30 milhões (R$ 113 milhões), mas não conseguiu ser vendida. O leilão arrecadou US$ 494, 4 milhões (R$ 1 bilhão). A estimativa pré-venda era de um valor total entre US$ 442 milhões e US$ 540 milhões.

Quanto aos lotes não vendidos, o presidente mundial e leiloeiro da Chirstie’s, Jussi Pylkkanen, disse que esse era o risco de «abrir o envelope» e observou que algumas obras não eram novas para o mercado ou tinham, talvez, preço muito elevado. Mas os altos preços para os melhores trabalhos fundamentam o que Pylkkanen chamou de «um mercado da obra-prima» que está fomentando «concorrência extraordinária».

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