A interligação da represa Billings com o sistema Alto Tietê passou a funcionar em operação assistida com volume menor, de apenas um quarto de sua capacidade. A obra, inaugurada no dia 30 de setembro pela Sabesp, precisou reduzir a quantidade de água após o assoreamento do rio Taiaçupeba-Mirim e o risco de alagamentos em Ribeirão Pires.
Três imóveis foram interditados por risco de desabamento. De acordo com a prefeitura de Ribeirão, a transferência da água começou no dia 6 com 2 m3/s, metade da capacidade prevista.
O volume vindo da Billings e que teria destino a represa de Taiaçupeba fez com que um barranco do rio cedesse, o que provocou assoreamento.
O secretário de Meio Ambiente de Ribeirão Pires, Gerson Goulart, visitou a obra após as queixas e disse ter pedido o embargo da transposição. O sistema foi liberado no dia seguinte, depois de acordo para que o volume não ultrapasse 1 m3/s. O secretário afirma que o acordo será mantido até que o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) finalize intervenções para evitar a erosão no rio Taiaçupeba-Mirim. A operação deve durar 20 dias.
A Sabesp afirma apenas que a transposição “segue em operação assistida”. A Secretaria de Recursos Hídricos confirma os trabalhos para desassorear o rio.
De acordo com o órgão, técnicos constataram, após pedido da prefeitura, assoreamento a cerca de 3 km do local de chegada da água transferida. A Pasta diz que o problema causou refluxo das galerias pluviais no entorno e em momento algum houve extravasamento do córrego. Para evitar o problema, o Daee está reforçando o ponto em que a água chega, diminuindo a energia com que ela entra no córrego.
Promessa
A transferência de água da Billings para a represa de Taiaçupeba, que integra o Sistema Alto Tietê, é apontada pelo governo do Estado como a obra mais importante para amenizar a crise hídrica.
Outorga do Cantareira fica para 2017
A ANA (Agência Nacional de Águas) divulgou nesta terça que a renovação da outorga – autorização para a retirada de água – do Sistema Cantareira foi adiada para maio de 2017. Divergências entre órgãos reguladores e os Comitês das Bacias fizeram com que a decisão fosse postergada.
De acordo com a agência reguladora, até a data de definição das novas regras para retirada de água, o sistema continua a ser gerido pela ANA e Daee.