As chuvas na capital paulista desde o dia 1 somaram de 192 milímetros (mm), índice quase três vezes superior à média esperada para setembro, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). Este é o mês mais chuvoso em 20 anos, quando teve início a série histórica.
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Apenas a forte chuva que atingiu a cidade na noite de domingo e durante a madrugada desta segunda-feira registrou 23,9 mm, o equivalente a 35,67% do esperado para todo o mês. Apesar do granizo e das rajadas de vento, a capital teve poucas ocorrências graves.
Segundo a Defesa Civil Estadual, uma árvore de grande porte caiu em uma casa na Rua Regina Garba, no bairro do Jaraguá, zona norte. Cinco pessoas estavam no interior do imóvel. Uma delas sofreu ferimentos leves, foi levada ao pronto-socorro e liberada em seguida. A casa ficou destruída e precisou ser interditada.
No total, o Corpo de Bombeiros atendeu 38 ocorrências de queda de árvores. Praticamente toda a cidade permaneceu em estado de atenção para enchentes entre a 0h45 e as 2h50. São Paulo tinha oito pontos de alagamento transitáveis nesta manhã, mas chegou a registrar mais quatro pontos intransitáveis para veículos.
As rajadas de vento atingiram velocidades de 81 quilômetros por hora (km/h) no Mirante de Santana, na zona norte, de 77,8 km/h no Aeroporto de Guarulhos e de 64,8 km/h no Aeroporto de Congonhas, na zona sul.
A previsão para esta segunda-feira é tempo instável e chuvoso. As temperaturas devem cair. A máxima não deve superar os 24ºC e a mínima, os 17ºC . Os percentuais de umidade do ar ficam entre 70% e 98%. Na terça-feira (29), o tempo instável predomina, começando com chuvas isoladas entre a madrugada e boa parte do período da manhã. O sol aparece entre muitas nuvens à tarde, com mínima de 17ºC e máxima de 23ºC.
Interior do Estado e Baixada Santista
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Na cidade de Campinas, no interior do Estado, choveu 31 mm na noite de domingo e durante a madrugada. A cidade teve dois alagamentos, um na Avenida Abolição e outro que atingiu uma casa na Rua Paulo de Corte, no Jardim Carlos Lourenço. A Defesa Civil atendeu também destelhamentos e queda de poste, na Avenida Suaçuna.
Na cidade, houve 11 quedas de árvores, uma delas sobre um veículo na Avenida John Boyd Dunlop. Trinta semáforos apresentaram falha na região central, em vias como a Barão de Itapura, Francisco Glicério, Andrade Neves, Orosimbo Maia e Amoreiras.
Nas cidades de Santos, São Vicente, Praia Grande, Cubatão e Guarujá, no litoral paulista, 500 mil casas ficaram sem energia elétrica. A CPFL Energia informou que precisou dar prioridade ao reestabelecimento nos hospitais, nas unidades básicas de saúde, a clientes com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) domiciliar, escolas e prédios públicos.
Durante a manhã, a distribuidora considerava a situação normalizada, com 4 mil casos pontuais de falta de energia nas cidades de Santos, São Vicente e Praia Grande. A CPFL informou que trabalha com todo o seu contingente para religar a energia nestes locais. Segundo a prefeitura de Santos, praticamente toda a cidade ficou sem energia elétrica e, por este motivo, quase todos os semáforos deixaram de operar. Por volta das 8h, o problema foi solucionado.