Foco

Tombini não descarta venda de dólares das reservas internacionais

Tombini segue como presidente do Banco Central | Wilson Dias/Agência Brasil
Tombini segue como presidente do Banco Central | Wilson Dias/Agência Brasil

ANÚNCIO

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, não descartou a possibilidade de venda de dólares das reservas internacionais no mercado à vista. O dólar está em forte alta nos últimos dias. Nesta quinta-feira (24), a moeda chegou a ser cotada a R$ 4,2479, mas fechou o dia em queda de quase 4%, cotada a R$ 3,9914 na venda.

Na quarta-feira (23), o dólar comercial fechou cotado para venda em R$ 4,146.

“Todos os instrumentos estão no raio de ação do Banco Central caso seja necessário”, disse Tombini, que participou, pela primeira vez, do início da coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo BC.

Na quarta-feira, o Banco Central fez leilões de venda de dólares das reservas internacionais com compromisso de recompra futura e de novos contratos de swap (operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro), o que não era feito desde abril. O BC vinha fazendo apenas operação de rolagem (renovação) de swaps cambiais.

Tombini destacou que a atuação do BC tem o objetivo de fazer com que o mercado de câmbio funcione e diminua as volatilidades (fortes oscilações).

O presidente do Banco Central não descartou mudanças nos depósitos compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC. Ele disse que está monitorando as condições de liquidez (recursos disponíveis) na economia. Ao reduzir compulsórios, o banco libera mais recursos para circulação no mercado. “Temos todos os instrumentos à disposição no nosso raio de ação para tratar em período de maior estresse da economia brasileira”, disse.

ANÚNCIO

Selic em 14,25%

Tombini também afirmou que a estratégia de política monetária é de manutenção da atual taxa básica de juros, a Selic, em 14,25%, “por período suficientemente prolongado”. Segundo ele, as elevações de juros no mercado, maiores nos últimos dias, “não devem ser entendidas como expectativa para a trajetória futura para a taxa Selic”.

Tombini acrescentou que o BC trabalha em conjunto com o Tesouro Nacional para reduzir as fortes oscilações nos mercados financeiros em momento de “maior estresse financeiro”.

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias