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Dólar desaba quase 4% e volta abaixo de R$ 4, com ação de BC

O dólar chegou a ser cotado nesta quinta-feira pela manhã a R$ 4,2479, mas acabou fechando em forte queda de 3,73%, a R$ 3,9914 na venda. Foi a maior desvalorização diária desde 24 de novembro de 2008 (-5,24%).

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A moeda americana, que interrompeu uma sequência de cinco altas seguidas, reagiu positivamente a declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Ele disse não descartar a possibilidade de venda de dólares das reservas internacionais, no mercado à vista. O bom humor ganhou mais um impulso com o anúncio de um programa de leilões de venda e compra de títulos pelo Tesouro Nacional.

“Todos os instrumentos estão no raio de ação do Banco Central caso seja necessário”, disse Tombini. Hoje, as reservas internacionais somam US$ 370 bilhões.

Tombini também afirmou que a estratégia de política monetária é de manutenção da atual taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano, “por período suficientemente prolongado”. Segundo o presidente do BC, as elevações de juros no mercado, maiores nos últimos dias, não servirão de “guia” para a condução da política monetária nos próximos meses.

“O BC mostrou por A + B que está monitorando o mercado, que tem poder de fogo para agir e que não está satisfeito com essa pressão toda”, disse à Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

O dólar tem sido pressionada pela deterioração das contas públicas do Brasil e pelas turbulências políticas. Investidores temem que o país perca seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor’s.

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