Ainda em implantação, a faixa exclusiva de pedestres na avenida Liberdade, região central, causa confusão entre os paulistanos que caminham no quarteirão. Sem placas ou sinalização de segurança, eram poucos os que se arriscavam a 
andar nos 750 m de “puxadinho” da calçada.
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Ao contrário de obras de ciclovias, que normalmente são separadas por tapumes até ficarem prontas, a tinta verde antiderrapante não deixava claro se o alargamento de 1,5 m já poderia ou não ser utilizado.
“Se eu não sabia o que era essa faixa, imagino que os carros também não entendam”, disse a estudante de biomedicina Sálua Lopes, 22 anos. “Andaria se tivesse algo que separasse a faixa, porque andar assim é como andar no meio da rua”, afirmou a universitária.
Para o aposentado Mário Cardoso, 64 anos, a faixa não muda em nada a rotina de quem passa pela avenida. “É um gasto desnecessário”, afirmou. “Você espreme ainda mais os carros e não dá nenhuma segurança para os pedestres”. Segundo a CET, cerca de 5,5 mil pedestres passam pela avenida Liberdade por hora.
Já a estudante de enfermagem Jaqueline França, 28 anos, disse que a faixa aumenta o espaço para pedestres durante os horários de entrada e saída da universidade do quarteirão, mas criticou a forma em que a prefeitura deixou a faixa. “Desse jeito os motoristas não respeitam e passam por cima.”
A prefeitura afirmou que ainda não há previsão de finalização da obra e que serão instalados “super tachões” reflexivos de 17 cm de altura a cada
um metro de faixa, além de sinalização, como medidas de segurança para o pedestre. Além disso, nos trechos onde há pontos de ônibus, está sendo feito um alargamento efetivo da calçada, para os coletivos não invadirem a faixa verde.
A regra de estacionamento também mudará: se antes era permitido parar no local das 23h às 6h, com a nova faixa o estacionamento será proibido em tempo integral.
