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Otimista, Joaquim Levy diz que ‘Brasil está bem preparado’

O Brasil está bem preparado para lidar com qualquer volatilidade do mercado resultante de uma alta na taxa de juros dos Estados Unidos, disse ontem em Madri, na Espanha, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

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O ministro afirmou, durante o encontro com empresários espanhóis, que os bancos brasileiros foram bem capitalizados e têm grandes reservas cambiais.

“Isso nos assegura que, mesmo se começar uma volatilidade após o início de ajustes na taxa de juros dos EUA – e haverá volatilidade, porque hoje o mercado está menos fluido e não fazemos o trabalho que costumávamos fazer para absorver os choques –, no Brasil estamos bem preparados para enfrentar esse primeiro período de volatilidade.”

O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, em discurso no mesmo evento, disse que um aumento da taxa nos EUA poderia produzir certa volatilidade e incerteza, mas acredita que o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) fez um bom trabalho na preparação do terreno para um aumento.

“Eu não acho que vai ter um impacto significativo (na economia espanhola)”, declarou ele no evento organizado pelo jornal espanhol “El País”. Ambos os ministros participaram na semana passada de uma reunião do G-20 na Turquia

Muitas economias emergentes  estão preocupadas com que uma alta na taxa do Fed. Ela desencadearia grandes saídas de capital dessas economias, criando uma turbulência no mercado que prejudicaria o crescimento.

Recessão técnica

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A economia brasileira entrou em recessão técnica oficialmente ao encolher mais do que o esperado no segundo trimestre, com contração da indústria, serviços e agricultura, assim como queda nos investimentos e consumo das famílias, pavimentando ainda mais o caminho para o país fechar 2015 com o pior desempenho da atividade em 25 anos.

Mas Levy expressou confiança de que a economia do país começará a sair da recessão em breve. “A recuperação é uma questão de meses exatamente porque o governo tem tido a força de tomar as medidas necessárias a curto prazo”, declarou ele.

Entre abril e junho deste ano, o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas em determinado período) do Brasil encolheu 1,9% sobre os três meses anteriores e caiu 2,6% na comparação anual, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no final de agosto.

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