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Cunha diz ver pouca chance de Câmara aprovar CPMF se governo enviar proposta

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira que é pessoalmente contra a volta da CPMF, o chamado «imposto do cheque». O deputado vê pouca chance da cobrança ser aprovada caso o governo venha a enviar uma proposta a respeito.

«Da minha parte eu sou contrário. Acho pouco provável que aprove aqui na Casa… eu vejo pouca possibilidade de aprovar», afirmou. Notícias na mídia relatam que o governo estaria planejando propor a volta da CPMF para ajudar a equilibrar as contas públicas no próximo ano.

Cunha lembrou que a contribuição sobre a movimentação financeira da população foi extinta pelo próprio Congresso em 2007 e que nova forma de cobrança não conseguiu ser estabelecida mesmo em tempos de governo forte e economia melhor.

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Temer diz que possível volta da CPMF é ‘burburinho’

O vice-presidente Michel Temer classificou como «burburinho» a possível volta da CPMF, negando que ela esteja sendo avaliada pelo governo, embora tenha admitido que seja uma medida que venha a ser necessária.

«Por enquanto é burburinho… vamos esperar o que vai acontecer nos próximos dias», disse Temer a jornalistas em São Paulo após encontro com o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, em São Paulo.

Duas fontes do governo disseram à Reuters, sob a condição de anonimato, que há uma proposta em análise e ela consiste na recriação do tributo agora como imposto e não mais como contribuição, de modo que a receita a ser arrecadada com ele possa ser partilhada com Estados e municípios, o que poderia aumentar o apoio político para sua aprovação pelo Congresso.

Perguntado se o PMDB apoiaria a medida, Temer disse que o assunto não foi examinado ainda.

«Evidentemente que a primeira ideia é sempre essa: não se deve aumentar tributo, mas, por outro lado, há muitas vezes a necessidade, não estou dizendo que nós vamos fazer isso, a necessidade de apoiar medidas de contenção, e talvez a medida da CPMF seja uma dessas medidas», disse, para acrescentar que «não está sendo examinada pelo governo… por enquanto é burburinho».

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