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O número de delações premiadas da Lava Jato já reconhecidas pelo MPF (Ministério Público Federal), que hoje está em 28, pode aumentar nos próximos dias.
O lobista Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, ligado ao ex-ministro José Dirceu, estão próximos de assinar o acordo, segundo apurou o Metro Jornal.
Tanto Baiano quanto Duque tiveram que trocar de advogado. Os criminalistas que os defenderam nos últimos meses (respectivamente, Nélio Machado e Alexandre Lopes) já se disseram contra a delação.
O depoimento de Baiano é esperado pela possível citação a peemedebistas, inclusive os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Baiano apresentou na última quarta suas alegações finais no processo da área internacional.
Já Duque, se tiver a delação aceita, pode atingir membros do PT, que controlava a diretoria de Serviços. Ele esteve com os procuradores na última quarta.
Outro empreiteiro que pode ter de trocar de advogado se quiser tentar delação é Marcelo Odebrecht. Um dos defensores dele, Augusto Botelho, também já se disse contrário à medida. Procurada, a Odebrecht negou que tenha ocorrido qualquer conversa nesse sentido.