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O deputado Marcos Rotta (PMDB-AM) foi eleito presidente da CPI do BNDES, instalada nesta quinta-feira na Câmara, enquanto José Rocha (PR-BA) ficou com a relatoria da comissão em mais um revés para o governo da presidente Dilma Rousseff que enfrenta a mais grave crise política de um governo petista.
Eleito por unanimidade, Rotta assumiu a presidência da CPI dizendo que conduzirá os trabalhos com imparcialidade.
«Essa não é uma CPI do meu partido, não é uma CPI da oposição, não é uma CPI da situação. É uma CPI para investigar, vamos trabalhar de forma isenta».
O parlamentar afirmou que se os indícios de irregularidades se confirmarem, os responsáveis terão que ser punidos.
«Não vamos nos afugentar. Se houver comprovação de desvios, irregularidades, desmandos e crimes, que sejam denunciados, julgados, punidos custe o que custar, doa a quem doer.»
O pedido de criação da CPI, apresentado pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), requer a investigação de empréstimos considerados suspeitos pela Operação Lava Jato, tanto a empresas de fachada como a empreiteiras investigadas.
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Para as nove empreiteiras citadas na Lava Jato, o BNDES concedeu, entre 2003 e 2014, financiamentos 2,4 bilhões de reais, segundo a Agência Câmara.
O requerimento pede também que sejam apurados empréstimos classificados como secretos concedidos a países como Angola e Cuba e outros considerados questionáveis do ponto de vista do interesse público, como os envolvendo empresas do empresário Eike Batista e do setor frigorífico.
Os integrantes da CPI voltarão a se reunir na tarde desta quinta-feira para definir os primeiros requerimentos. A pespectiva, segundo Rotta, é que os requerimentos apresentados sejam votados na próxima terça-feira, quando poderão ser conhecidos os primeiros convocados.