A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) estuda alterar a tarifa mínima de água cobrada dos consumidores.
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Hoje em dia, as residências pagam no mínimo por 10 mil litros de água ao mês, mesmo que seu consumo seja menor que isso. Na maioria das cidades atendidas pela Sabesp, isso resulta numa conta de R$ 41,28, à exceção da tarifa social.
“Dizer que até 10 m³ (mil litros) a conta de água tem o mesmo valor é um contrassenso. O melhor seria se nós tivéssemos um custo [fixo] pela conexão, como para áreas de veraneio, e um custo variável de acordo com o consumo”, disse ontem o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, durante congresso sobre saneamento.
Na avaliação do executivo, cobrar o mesmo de quem usa 500 ou 10 mil litros não incentiva a economia de água.
Cálculo divulgado pela Sabesp estima que, desde fevereiro de 2014, 180 bilhões de litros de água foram economizados pelos clientes da companhia devido ao bônus que dá descontos a quem reduz o consumo. Esse volume de água, de acordo com a Sabesp, é suficiente para abastecer cerca de 2 milhões de pessoas.
Em nota, a Sabesp disse que “realiza estudos sobre uma eventual adequação na estrutura tarifária e apresentará uma proposta concreta à Arsesp (agência reguladora do setor) nos próximos meses”.
Crise sem previsão
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No mesmo evento, Kelman rechaçou a ideia de que a crise hídrica pudesse ter sido prevista.
E ele disse ainda que a obra de interligação dos sistemas Rio Grande e Alto Tietê vai ficar pronta até o mês que vem.