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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou ter discutido estratégias para encaminhar algum pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Nos bastidores do Congresso, comenta-se que o assunto foi tratado em uma reunião na segunda-feira na casa de Eduardo Cunha, segundo a Rádio BandNews FM. O encontro ocorreu sem a presença de qualquer deputado do PT.
No dia 27, Cunha destacara que, apesar de ter anunciado o rompimento com o governo federal, analisaria os pedidos de abertura de processo de impedimento apenas a partir de fundamentos legais. “Eu vou separar muito bem isso. Vou ter até uma cautela para não antecipar meu julgamento ou parecer que qualquer tipo de posicionamento tem a ver com a mudança do meu posicionamento político, que eu anunciei publicamente”, enfatizou.
Na ocasião, o presidente da Câmara disse que a discussão sobre as propostas de abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff tem tido impacto na confiança dos setores econômicos. “Eu entendo que é um processo grave com consequências danosas para o país. Certamente não será bom para o ambiente econômico a própria discussão como ela está sendo feita. Não tenho dúvida de que essa própria discussão tem levado à diminuição da confiança”, ressaltou.
A política econômica do governo foi criticada diversas vezes por Cunha, que classificou o ajuste fiscal como “pífio”. Na opinião dele, não estão claros quais são os objetivos das medidas anunciadas ao longo deste ano. “Não adianta só você impor à sociedade sacrifícios. Você tem que dizer à sociedade o que vai acontecer depois dos sacrifícios, qual é o norte”, ressaltou.
Em julho, o parlamentar despachou 11 pedidos de impeachment da presidente de volta aos autores para que sejam reformulados segundo os requisitos do regimento da Câmara, antes de serem apreciados pela Mesa Diretora.