Brasil

Dilma agradece estrangeiros que vieram trabalhar no Mais Médicos

| Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma durante cerimônia de celebração de dois anos do programa | Roberto Stuckert Filho/PR

Ao comemorar nesta terça-feira (4) os dois anos do Mais Médicos, a presidente Dilma Rousseff agradeceu os médicos estrangeiros que vieram ao Brasil para trabalhar, principalmente aos profissionais cubanos, que foram hostilizados no início do programa. Criado em 2013 para levar médicos a regiões distantes e periferias do país, o programa foi alvo de polêmica e resistência dos profissionais de saúde, principalmente pela possibilidade de contratação de médicos estrangeiros.

“Quero fazer um agradecimento a todos os médicos intercambistas, os médicos que vieram de fora, de outros países, participar de forma solidária conosco. E tenho obrigação de me referir à participação dos médicos cubanos, que deram mostras, junto com governo cubano, de solidariedade, profissionalismo e atendimento absolutamente humanizado”, disse a presidente para uma plateia de representantes do governo, parlamentares, médicos e estudantes simpatizantes do governo.

Recomendados

“Quero agradecê-los e dizer que vocês estreitam as relações entre Brasil e Cuba. Vocês são responsáveis por uma relação que hoje não está concentrada, está distribuída por todo o território nacional. Em cada um dos municípios em que vocês estão, tenho certeza que vocês têm amigos, pessoas que dedicam a vocês uma grande amizade, fraternidade e os sentimentos mais elevados”, acrescentou.

Dilma também destacou o engajamento dos médicos brasileiros e lembrou que, este ano, na ampliação do programa, as 4.139 vagas foram preenchidas por médicos brasileiros. “Isso é algo a comemorar porque mostra o efeito positivo do Mais Médicos, que é o bom convívio. É um bom exemplo de que esse programa podia trazer, também para o médico, grandes vantagens», avaliou.

Segundo Dilma, antes do programa, “faltava médico em tudo quanto era canto” e o Mais Médicos conseguiu levar a profissionais a 700 municípios que não tinham nenhum médico, além de periferias de grandes cidades, inclusive das capitais.

A presidente destacou os números de dois anos do programa que, segundo o Ministério da Saúde, levou 18.240 médicos para trabalhar em 4.058 municípios e 34 distritos indígenas – beneficiando um total de 63 milhões de pessoas – e disse que o próximo passo é lançar o programa Mais Especialidades, uma de suas promessas na campanha à reeleição. Na cerimônia de hoje, Dilma assinou um decreto que cria o Cadastro Nacional de Médicos Especialistas.

“Para que a gente complete o sistema de saúde pública e dê mais um passo no caminho de estruturação do Sistema Único de Saúde nos importa o atendimento de especialistas, não que ele irá substituir a atenção básica, pelo contrário, a atenção básica resolve hoje 80% dos problemas principais de saúde de uma população, mas temos de ter especialistas, daí o cadastro é importante porque temos que saber quem são, onde estão e o que fazem para a gente ter um segundo passo que é o Mais Especialidades”, disse, sem informar data para lançamento do programa.

Governo anuncia criação de 3 mil vagas de residência para o Mais Médicos

O governo anunciou nesta terça (4) a criação de 3 mil vagas de residência médica, sendo a maioria oferecida a estudantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Desse total, 75% das bolsas serão destinadas à formação de especialistas em medicina geral de família e de comunidade. O anúncio foi feito durante cerimônia de comemoração de dois anos do Programa Mais Médicos, no Palácio do Planalto.

As bolsas serão financiadas pelos ministérios da Saúde e da Educação. A meta do governo é criar, até 2018, 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência para formação de médicos em áreas prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS). Com o anúncio, o programa chega a 62% da meta de novas vagas de residência.

Também foi anunciada nesta terça-feira a contratação de 880 professores para lecionar nas universidades federais que abriram novas vagas nos cursos de medicina ou criaram faculdades na área, após a criação do programa.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos