Brasil

PMDB pode deixar governo se tiver candidato próprio, diz Temer

O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta terça-feira que seu partido, o PMDB, pode «um dia» abandonar a aliança que tem com o governo, principalmente se tiver candidatura própria ao Planalto em 2018, mas ressaltou que a decisão depende de uma série de instâncias dentro do partido.

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Em palestra a advogados em Nova York, Temer afirmou que a posição de seu partido será examinada «mais para frente».

«Evidentemente que pode ocorrer um dia qualquer em que o PMDB resolva deixar o governo, especialmente se em 2018 pretender ter uma candidatura presidencial», afirmou.

Depois da palestra, o vice-presidente e articulador político do governo reafirmou a jornalistas que o PMDB, maior partido da coalizão que sustenta o governo da presidente Dilma Rousseff, deve ter um candidato próprio ao Planalto.

«(Me perguntaram) se o PMDB teria candidato, eu disse que sim.»

Sobre o recente anúncio do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ruptura «pessoal» com o governo, e diante das declarações do colega de que trabalhará dentro do partido para que a sigla deixe de apoiar Dilma, Temer voltou a citar as instâncias partidárias.

«Ele pode postular alguma medida partidária…O partido tem instâncias partidárias, não adianta eu dizer o que o PMDB deve ou não deve fazer», disse.

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Em Brasília, Cunha afirmou que irá defender sua posição no partido, como «militância pessoal», que nada tem a ver com sua atuação como presidente da Câmara.

Cunha usou como argumento para o rompimento do partido a pesquisa da CNT/MDA divulgada nesta terça, que aponta queda nos índices de popularidade do governo. Apenas 7,7 por cento dos entrevistados veem o governo Dilma como ótimo ou bom.

«Hoje, quando a gente vê essa divulgação desta pesquisa, a gente vê que realmente alguma coisa tem que ser mudada. A gente tem que rever esta posição», disse a jornalistas.

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