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O primeiro minuto desta segunda-feira foi histórico para Cuba e Estados Unidos. Hoje, após 54 anos, são reabertas suas embaixadas em Washington e Havana, graças à retomada das relações bilaterais, anunciada no fim do ano passado. As duas sedes diplomáticas entraram simultaneamente em funcionamento à 00h01 do dia 20, como foi acordado pelos governos. (veja a galeria com manifestações pró e contra a reabertura no fim do texto)
A expectativa é de que a reaproximação depois de mais de 50 anos acelere a emissão de vistos e facilite o encontro de famílias separadas desde a Guerra Fria.
Segundo o embaixador brasileiro em Cuba, Cesário Melantonio Neto, uma das coisas que deve melhorar em Havana é o sistema de telefonia. Atualmente, apenas duas em cada 10 cubanos têm acesso à internet.
Desde o começo do ano, o número de turistas americanos em Cuba aumentou 35%.
Para celebrar a data, será realizada uma cerimônia sem precedentes na capital dos Estados Unidos, comandada pelo chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, com cerca de 500 convidados, incluindo 30 cubanos.
Segundo a revista digital «Cuba Debate», também participarão do evento cubanos residentes nos Estados Unidos, membros do Congresso norte-americano, empresários e acadêmicos. No mesmo dia, Parrilla será recebido pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, na sede do Departamento de Estado.
Ele será o primeiro chanceler cubano a visitar os Estados Unidos desde 1959 e estará acompanhado da vice-presidente da Assembleia Nacional Cubana, Ana María Mari Machado, de outros membros do Parlamento, ex-diplomatas e representantes dos setores cultural, científico e sanitários e de movimentos sociais.
Uma outra celebração deve ocorrer em Cuba, mas ainda sem data marcada. Há uma semana, o diário «The New York Times» havia publicado que o evento será na próxima quarta, 22 de julho, e contaria com a presença de Kerry. Por enquanto, as embaixadas serão encabeçadas por responsáveis de negócios. No caso de Havana, o posto será exercido por José Ramón Cabañas, atual chefe do Escritório de Interesses de Cuba em Washington, órgão fundado em 1977. Por sua vez, o diplomata Jeffrey DeLaurentis comandará interinamente a sede diplomática norte-americana em Havana até que um embaixador seja designado, embora a imprensa local especula que ele mesmo deve ser o escolhido.
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