A política de mobilidade da gestão Fernando Haddad (PT) tem reduzido a cada ano o espaço para os carros em ruas e avenidas da capital. Nos últimos três anos, os veículos perderam 716 km de faixas de tráfego.
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Neste período, foram instaladas 476 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus à direita e 240 quilômetros de ciclovias, incluindo o espaço exclusivo para ciclistas na avenida Paulista. O avanço do transporte público e de modais alternativos da cidade ocorreu após os protestos de junho de 2013, iniciados após o aumento da tarifa de transporte de R$ 3 para R$ 3,20, segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”.
Se a redução do espaço para carros agrada grupos de cicloativistas e defensores do avanço do transporte público, ela desagrada comerciantes de bairros como Moema, Vila Mariana, Aclimação e Ibirapuera. Segundo eles, o avanço, por exemplo, das faixas de ônibus retirou vagas de estacionamento de clientes e dificultou a entrada e saída de mercadorias.
A prefeitura afirma que suas ações têm como objetivo, além de incentivar a troca do transporte individual pelo coletivo, a ocupação das faixas de tráfego por parklets e food trucks, além do fechamento de vias para a oferta de áreas de lazer. O caso mais recente é o do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, cuja interdição aos finais de semana foi antecipada para as 15h de sábado. Os veículos só voltam a circular por uma das principais ligações entre as zona leste e oeste a partir das 6h de segunda-feira.
O espaço para os carros pode ficar ainda menor nos próximos meses. A Secretaria dos Transportes segue com estudos de impacto no fechamento da avenida Paulista para veículos aos domingos.