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Cardozo diz não haver problema em ir à CPI da Petrobras

Convocado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras para explicar o grampo ilegal encontrado na cela do doleiro Alberto Youssef, na Polícia Federal (PF), em Curitiba, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse, por meio de nota, não haver problema em ir à CPI.

“Se eu puder colaborar de alguma forma para a elucidação dos fatos, eu o farei. Comparecer ao Parlamento é sempre uma honra para mim», diz a nota. A PF é subordinada ao Ministério da Justiça.

Durante votação em bloco, os membros da CPI aprovaram 73 requerimentos de convocação de envolvidos na Operação Lava Jato. Entre eles, os empresários Júlio Camargo e Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, e o policial Jaime de Oliveira, acusado de transportar dinheiro de propina a serviço de Youssef.

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Também foi convocada a advogada Beatriz Catta Preta, que defende a maioria dos delatores investigados. Os deputados aprovaram ainda requerimentos de quebra de sigilo.

Para preservar Edinho Silva e Mercadante

A fim de preservar os ministros Edinho Silva (Comunicação Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), o relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), conseguiu manobrar e colocar na lista de convocados a depor o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Havia uma pressão da oposição para ouvir os dois ministros citados na delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, como beneficiários de propina.

“Não estou nem para proteger nem para perseguir. O ministro Cardozo é preparado. Ele se sairá muito bem”, despistou Luiz Sérgio.

Cardozo falará sobre a denúncia de escutas ilegais na cela do doleiro Alberto Youssef, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). Além do ministro, serão ouvidos quatro delegados da PF. A data do depoimento ainda será marcada.

A estratégia deixou distante da convocação também o ex-ministro José Dirceu. “Ele está depressivo, sem condições de prestar depoimento”, argumentou o relator.

A CPI também irá ouvir o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que está preso, e quebrará os sigilos bancários, telefônicos e fiscais da família do doleiro Alberto Youssef. Além disso, foram aprovadas duas novas acareações.

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