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Justiça nega pedido de Dirceu para acessar delação na Lava Jato

A Justiça Federal do Paraná negou o pedido da defesa do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, para ter acesso ao conteúdo da delação premiada do empresário Milton Pascowitich.

O lobista atuava como operador da empreiteira Engevix no esquema de propina descoberto na Operação Lava Jato, que investiga irregularidades na Petrobras, e pagou R$ 1,4 milhão à consultoria do petista. José Dirceu nega qualquer irregularidade.

O pedido para ter acesso ao conteúdo da delação surgiu depois de a Justiça Federal negar na sexta-feira um pedido de habeas corpus preventivo para José Dirceu contra uma eventual prisão na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Na decisão, o desembargador Nivaldo Brunoni entendeu que o receio de ser preso não comporta decisão preventiva do Judiciário.

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Ao protocolar o pedido no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, o advogado de Dirceu, Roberto Podval, justificou o pedido de habeas corpus argumentando que, devido à dinâmica das investigações, “tudo leva a crer” que o ex-ministro está prestes a ser preso.

Ao rejeitar o pedido, o desembargador disse que o fato de o ex-ministro ter sido citado pelo empresário Milton Pascowitch, em depoimento de delação premiada, não significa que ele será preso. “No âmbito da Operação Lava Jato há investigados presos preventivamente e outros foram soltos mediante a fixação de condições pela autoridade ora apontada como coatora. Além destes, muitos foram conduzidos para prestar depoimento, mas sequer chegaram a ser presos”, disse Brunoni.

Atualmente o ex-ministro cumpre prisão em regime aberto por ter sido condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

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