Combatentes do Estado Islâmico mataram pelo menos 145 civis em um ataque à cidade síria de Kobani e a um vilarejo próximo, no que um grupo de monitoramento descreveu nesta sexta-feira como o segundo pior massacre levado a cabo pelo grupo radical na Síria.
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Os combates entre as Unidades de Proteção Popular curdas (YPG, na sigla em curdo) e os militantes do Estado Islâmico, que se infiltraram na cidade pela fronteira turca na quinta-feira, entraram em seu segundo dia, disseram o Observatório Sírio para os Direitos Humanos e uma autoridade curda.
Segundo relatos, um atentado separado do Estado Islâmico a áreas sob controle do governo na cidade de Hasaka, no nordeste sírio, teria forçado 60 mil pessoas a abandonarem suas casas, afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU), alertando que até 200 mil pessoas podem ter que fugir em algum momento.
O Estado Islâmico tem um histórico de assassinatos em massa de civis nos territórios que capturou no Iraque e na Síria, onde proclamou um califado para governar todos os muçulmanos de acordo com uma visão extremista do islamismo.
O ataque a Kobani, predominantemente curda, e ao vilarejo de Brakh Bootan marcaram o segundo maior massacre de civis realizado pelo Estado Islâmico na Síria desde que a facção matou centenas de membros da tribo sunita sheitaat no ano passado, declarou Rami Abdulrahman, líder do Observatório Sírio.
Murad Sezer/Reuters