
Fumar no Brasil está mais caro, mais difícil e, portanto, menos popular. Uma pesquisa apresentada ontem no Ministério da Saúde mostrou que o número de fumantes no país caiu de 15,6% da população total em 2006 para 10,8% em 2014 – o que representa uma queda de 30,7% no período. A meta do governo é reduzir o número de fumantes em mais 30% até 2022.
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Em São Paulo, dos 11 milhões de habitantes, 1,62 milhão fuma, segundo o Ministério da Saúde.
O estudo mostrou também que o hábito de fumar continua mais popular entre os homens do que entre as mulheres –12,8% ante 9%. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas telefônicas com 40.853 pessoas e tem um intervalo de confiança de 95%.
O número de pessoas que abandonou o vício é expressivamente maior do que o de fumantes entre entrevistados de ambos os sexos: 25,6% (homens) e 17,5% (mulheres) se declaram como ex-fumantes –total de 21,2% da população.
Entre faixas etárias, a de maior consumo é de 45 a 54 anos, na qual 13,2% da população fuma. A que menos fuma é a entre os 18 e 24 anos, com o índice de 7,8%.
Os principais motivos para a queda do tabagismo são a redução dos lugares permitidos para consumo e, principalmente, o aumento do preço dos cigarros.
Um balanço do Instituto Nacional do Câncer divulgado ontem, referente a 2013, mostrou que 62% dos fumantes já pensaram em parar devido ao preço. Porém, a pesquisa mostra um aumento da procura por cigarros ilegais entre 2008 a 2013: era 15,8% e chegou a 29,7%.